sábado, 17 de dezembro de 2016

Zorzal Eggo Tinto de Tiza, 2012


Zorzal Eggo Tinto de Tiza, 2012, Mendoza, Argentina

  A Vinícola Zorzal está localizada em Gualtallary, no Vale do Uco, região de Mendoza, Argentina, há 1.350 metros de altitude (que é a maior altitude de produção da região vinícola de Mendoza) e desde 2008 produz vinhos de alta gama sob os cuidados dos prestigiados irmãos Michelini que invariavelmente fazem  uso das técnicas mais modernas de produção para buscar a excelência em seus vinho.

  A linha Eggo da vinícola traz o método inovador de realizar a fermentação do vinho através dos "ovos de cimento", os quais são muito bem detalhados na reportagem da Revista Adega. Este técnica dispensa o uso do estágio em carvalho, destacando mais as qualidades da uva e do terroix, além de acentuar as notas frutadas e inserir certa mineralidade ao vinho. A técnica foi criada na França por Michel Chapoutier em 2001 e hoje é utilizada por várias vinícolas ao redor do mundo.

  Este rótulo foi produzido com 92% malbec, 5% cabernet franc e 3% cabernet sauvignon de vinhedos de solo calcáreo de Gualtallary e foram vinificados em "ovos de cimento", onde permaneceram por 18 meses, sendo 8 meses em contato com as cascas.

  Degustado em 21 de Novembro de 2016.

  Seus aromas são muito atraentes e aveludados, destacando frutas negras como mirtilos e amoras, além de violetas. No paladar é muito equilibrado, com taninos muito macios e acidez precisa. Vinho intenso, persistente, sedoso, untuoso, suculento, azeitonado e que destaca um certo aspecto mineral, talvez giz. Um grande vinho, realizado com muita competência.

  Minha avaliação:

  AR 93

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 232,00

  Nos EUA U$ 30,00



quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Zorzal Eggo Franco, 2015



Zorzal Eggo Franco, 2015, Mendoza, Argentina

  A Vinícola Zorzal está localizada em Gualtallary, no Vale do Uco, região de Mendoza, Argentina, há 1.350 metros de altitude (que é a maior altitude de produção da região vinícola de Mendoza) e desde 2008 produz vinhos de alta gama sob os cuidados dos prestigiados irmãos Michelini que invariavelmente fazem  uso das técnicas mais modernas de produção para buscar a excelência em seus vinho.

  A linha Eggo da vinícola traz o método inovador de realizar a fermentação do vinho através dos "ovos de cimento", os quais são muito bem detalhados na reportagem da Revista Adega. Este técnica dispensa o uso do estágio em carvalho, destacando mais as qualidades da uva e do terroix, além de acentuar as notas frutadas e inserir certa mineralidade ao vinho. A técnica foi criada na França por Michel Chapoutier em 2001 e hoje é utilizada por várias vinícolas ao redor do mundo.

  Este vinho foi produzido com 100% cabernet franc proveniente dos vinhedos de solo calcáreo de Gualtallary e foi vinificado com os cachos inteiros dentro do "ovo de cimento", para que se produza a fermentação alcoólica dentro do grão, sendo posteriormente retirados, para se realizar a prensa dos cachos, de onde se extrai o caldo, que retorna ao "ovo" para estagiar por mais uns 6 meses, sendo então enviado diretamente,  para o engarrafamento, sem estabilização ou filtragem.

  Degustado em 21 de Novembro de 2016.

  Possui aromas muito macios, prazerosos e adocicados de amoras, mirtilos e açúcar queimado. Na boca é intenso, marcante, equilibrado, persistente, aveludado, com taninos macios e tem muito bom corpo. Mostra um suave amargor, é bem frutado e traz notas discretas de sabores minerais e azeitonas negras. Um vinho que agrada muito e com uma pegada muito firme. Outro cabernet franc argentino que provo e agrada muito.

  Minha avaliação:

  AR 91

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 232,00

  Nos EUA U$ 25,00

  

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Zorzal Eggo Filoso Pinot, 2014


Zorzal Eggo Filoso Pinot,  2014, Mendoza, Argentina

  A Vinícola Zorzal está localizada em Gualtallary, no Vale do Uco, região de Mendoza, Argentina, há 1.350 metros de altitude (que é a maior altitude de produção da região vinícola de Mendoza) e desde 2008 produz vinhos de alta gama sob os cuidados dos prestigiados irmãos Michelini que invariavelmente fazem  uso das técnicas mais modernas de produção para buscar a excelência em seus vinho.

  A linha Eggo da vinícola traz o método inovador de realizar a fermentação do vinho através dos "ovos de cimento", os quais são muito bem detalhados na reportagem da Revista Adega. Este técnica dispensa o uso do estágio em carvalho, destacando mais as qualidades da uva e do terroix, além de acentuar as notas frutadas e inserir certa mineralidade ao vinho. A técnica foi criada na França por Michel Chapoutier em 2001 e hoje é utilizada por várias vinícolas ao redor do mundo.

  Este rótulo foi produzido com 100% pinot noir proveniente de Gualtallary e foi vinificado com os cachos inteiros dentro do "ovo de cimento", para que se produza a fermentação alcoólica dentro do grão, a chamada maceração carbônica, sendo posteriormente retirados, para se realizar a prensa dos cachos, de onde se extrai o caldo, que retorna ao "ovo" para estagiar por mais 6 meses, sendo então enviado diretamente,  para o engarrafamento, sem estabilização ou filtragem.

  Degustado em 21 de Novembro de 2016.

  No nariz está seu ponto forte, onde os aromas são excelentes e macios, bem típicos do pinot noir, destacando champignons cozidos, frutas vermelhas como morango e framboesa. O aroma quando evolui traz suaves notas de canela. Na boca é bastante alcoólico e destaca seu amargor, não é desequilibrado, porém falta sabor e sutileza, parecendo excessivamente rústico. Possui boa intensidade, mas falta a elegância e a complexidade que se espera de um bom pinot noir. Um vinho que a meu ver não atendeu à forte expectativa e altas avaliações. Preço elevado.

  Minha avaliação:

  AR 88

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 200,00

  Nos EUA U$ 25,00




domingo, 11 de dezembro de 2016

Zorzal Eggo Blanc de Cal, 2014

  

Zorzal Eggo Blanc de Cal, 2014, Mendoza, Argentina

  A Vinícola Zorzal está localizada em Gualtallary, no Vale do Uco, região de Mendoza,  Argentina, há 1.350 metros de altitude (que é a maior altitude de produção da região vinícola de Mendoza) e desde 2008 produz vinhos de alta gama sob os cuidados dos prestigiados irmãos Michelini que invariavelmente fazem  uso das técnicas mais modernas de produção para buscar a excelência em seus vinho.

  A linha Eggo da vinícola traz o método inovador de realizar a fermentação do vinho através dos "ovos de cimento", os quais são muito bem detalhados na reportagem da Revista Adega. Este técnica dispensa o uso do estágio em carvalho, destacando mais as qualidades da uva e do terroix, além de acentuar as notas frutadas e inserir certa mineralidade ao vinho. A técnica foi criada na França por Michel Chapoutier em 2001 e hoje é utilizada por várias vinícolas ao redor do mundo. Provei toda a linha Eggo e vou postar um a um as impressões e a avaliação, o primeiro é este Blanc de Cal.

  Este vinho foi produzido com 100% sauvignon blanc, oriunda dos vinhedos de Gualtallary e Tupungato. A vinificação foi toda realizada no ovo de cimento, por onde permaneceu por 5 meses, sendo posteriormente enviado diretamente para o engarrafamento, sem filtragem ou estabilização.

  Degustado em 21 de Novembro de 2016.

  No nariz os aromas são muito interessantes, destacando lima da pérsia, limão siciliano e alguma mineralidade. No paladar há muito bom equilíbrio, onde a acidez não é muito proeminente, o álcool está na medida correta e passa na garganta com muita suavidade, apresentando muito boa persistência. Possui um leve amargor, mineralidade evidente, untuoso, meio salgadinho. Agradou muito e demonstrou ser um sauvignon blanc bem diferente dos habituais, com muito mais volume, surpreendendo positivamente.

 Seria bem interessante para harmonizar com frutos do mar, especialmente mariscos. O preço no Brasil é um pouco excessivo, mas vale conhecer.

  Minha avaliação:

  AR 90

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 232,00

  Nos EUA U$ 25,00

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Zuccardi Serie A Malbec, 2013



Zuccardi Serie A Malbec, 2013, Valle de Uco, Mendoza, Argentina


 A Família Zuccardi, localizada no Vale do Maipu em Santa Rosa, Mendoza, Argentina, teve início em 1968 com o Engenheiro Alberto Zuccardi. Em 1980 o filho José Alberto introduz o conceito de produção de vinhos de qualidade e nasce a Santa Julia, em homenagem a sua filha. A partir dos anos 90 o já Diretor Executivo José Alberto inicia o projeto de produzir vinhos de alta gama, com o Zuccardi Q. Em 2001 foi uma das primeiras vinícolas argentinas a se estruturarem para a visitação. Tive o prazer de conhecê-la e a postagem pode ser conferida em Viagem Vinícola a Mendoza.

  A linha série A é uma homenagem à Argentina e busca ressaltar as qualidades da uva utilizada em terroix onde melhor se expressa. Este rótulo estagiou 10 meses em carvalho francês e as uvas forma produzidas no Vale do Uco, em Mendoza com 100% malbec.

  Um belo aroma de frutas negras, como mirtilos e amoras, violeta, chocolate amargo e geléia. Na boca é intenso, profundo, austero, bom frescor, bem equilibrado, muito corpo, frutado, certo amargor amadeirado, taninos corretos, notas herbais, acidez firme, persistência média. Mesmo sendo um vinho intermediário da vinícola, apresenta muitos bons predicados e agrada bastante, combina bem com carne vermelha como picanha, ou contra-filé, molhos intensos e queijos fortes. Boa pedida que seria melhor com um preço um pouco mais baixo no Brasil, até mesmo porque eu sempre coloco o valor mais baixo do mercado como referência e R$ 97,00 para ele é um pouco puxado, mas é um ótimo malbec e muito prazeroso.

Minha avaliação:

AR 88

Quanto custa:

No Brasil R$ 97,00

Nos EUA U$ 12,00


sábado, 19 de novembro de 2016

V9 Gran Reserva Red Blend Ventisquero 2013



V9 Gran Reserva Red Blend Ventisquero 2013, Vale do Maipo, Chile

 A vinícola criada em 1998, foi certificada em  2012 como vinícola 100% sustentável e está sob o comando do enólogo Felipe Tosso, produz vinhos de qualidade e têm tido bastante entrada no mercado brasileiro. Desde os vinhos mais simples aos mais elaborados ela costuma agradar e este vinho me pareceu bem interessante. 

  Este rótulo V9  possui 70% de cabernet sauvignon e 30% de shiraz e estagiou 10 meses em carvalho francês. O produtor traz a proposta de fazer um vinho frutado bem equilibrado e complexo influenciado pelo tonel de carvalho francês. Produzido no Vale do Maipo, que foi o primeiro adquirido pela vinícola.

  Degustado em 19/11/2016

  O aroma nos remete a cerejas e amoras maduras, cassis e violetas, muito aveludados, o final de taça traz café, tabaco, açúcar mascavo e baunilha. Aromas muito agradáveis, complexos e de média intensidade. Na boca é muito intenso, possui muito corpo, taninos fortes, porém macios, que "enchem a boca", estimulam a salivação e trazem sensações de chocolate amargo e notas herbais. Um vinho nervoso, com muita fruta, bem estruturado e com excelente pegada. Conseguiram criar um vinho que agrada muito no nariz e é marcante no sabor. Mais um belo trabalho da Ventisquero com ótima relação custo-benefício.

  Minha avaliação:

  AR 90

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 65,00

domingo, 30 de outubro de 2016

Miguel Torres Dias de Verano Reserva Muscat 2014

  

Miguel Torres Dias de Verano Reserva Muscat 2014, Valle do Itata, Chile

  A Miguel Torres foi fundada pela família Torres em 1979, cuja família há mais de 1 século produz vinhos na Espanha.

  A uva utilizada é a Muscat ou também conhecida como Moscatel, ou Moscatel de Alexandria.

  O Vale de Itata, no Sul do Chile, foi um dos primeiros a desenvolverem a vinicultura no país e antes da métade do século passado foi o local de maior produção chilena, o que foi mudando pouco a pouco e hoje é responsável por 8% de todo o vinho local e mais recentemente vem sendo redescoberta, substituindo a antiga prioridade da quantidade pela qualidade.

  Vinho de ótima força aromática, lembrando frutas como maçãs verdes, peras e abricots, um pouco de mel, notas florais e traz também o cheiro de mar, como mariscos e algas frescas, bastante intrigante, faz você se sentir próximo ao litoral. Na boca também nos remete a esta sensação marinha, com a sensação bem salgadinha na língua, muita refrescância, amargor de cascas de frutas cítricas, como a lima da pérsia (que é um pouco excessivo), boa persistência, boa acidez, leve doçura. Um vinho surpreendente e que obviamente combina muito com pratos marinhos, como vôngoles, ostras, polvo e lulas executados grelhados, flambados, ou ao molho bechamel, cítrico ou de vinho branco. É um vinho surpreendente, até mesmo porque quando tomamos um moscatel normalmente se espera um vinho mais doce e menos complexo, mas este vinho tem muito mais a oferecer e esta característica explícita marinha mesclada com o frutado e floral é fascinante, embora o amargor esteja um pouco acima do desejável.

  Minha avaliação:

  AR 91

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 65,00

  No Chile U$ 11,00

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Tessellae Carignan Vieilles Vignes, 2013


Tessellae Carignan Vieilles Vignes, 2013, Côtes Catalanes, Languedoc-Roussillon, França

  Este vinho foi produzido na região sul do Roussillon, próximo aos Pirineus, na chamada Catalunha Francesa, que embora não compartilhe os mesmos ideais separatistas da parcela inserida na Espanha, guarda um histórico em comum e ainda há uma pequena parcela da população (estimada em 6%) que mantém a língua catalã.

  Produzido pela Domaine Lafage, uma empresa datada de 1996, que foi criada pelo renomado enólogo francês Jean-Marc Lafage e sua esposa Eliane Lafage. Os seus vinhedos e sua produção estão localizados entre a cadeia de montanhas dos Pirineus e o Mar Mediterrâneo, próximos à fronteira espanhola. 

  A proposta da vinícola é produzir vinhos que valorizem a tradição, sem abrir mão da tecnologia, produzindo com qualidade, por um preço mais acessível, o que é um pouco da realidade da região do Languedoc-Roussillon, onde produzem vinhos com um custo-benefício muito melhor que nas regiões de maior prestígio da França, como a Borgonha e Bordeaux, onde os preços dos bons vinhos são, em grande parte, impraticáveis.

  A uva utilizada foi a Carignan com vinhas de mais de 70 anos de idade e apenas 10% da produção estagiou em carvalho.

    Degustado em 11/10/2016.

  Aromas de frutas vermelhas adocicadas, sutis e de baixa intensidade. Na boca tem um bom equilíbrio e uma acidez proeminente, mas sem excessos. Taninos discretos e leve amargor de madeira. Possui um retrogosto bem interessante, bastante frutado e com notas de azeitonas verdes. Pouco corpo e bom sabor. Um vinho bom, mas sem maiores destaques.
  
  O curioso, é que quando se busca a avaliação de algum grande nome do vinho mundial, encontramos um selo de 94 pontos de Robert Parker, o que indica um vinho de excepcional qualidade. Mesmo que, ao que pareça, não tenha sido sua avaliação pessoal, mas de um integrante de sua equipe, leva seu selo e me deixa perplexo. Não sou ninguém para levantar dúvidas sobre este verdadeiro ícone do mundo do vinho que merece todo respeito e reverência, mas queria saber de onde ele tirou esta pontuação. Os aromas são mínimos, os sabores são fugazes e não há qualquer complexidade que justifique esta super-avaliação. Não é um vinho ruim, mas está a anos-luz de 94 pontos. E vinho de 94 pontos por este preço seria um sonho bom demais para ser real, embora não se possa considerar impossível..., mas este aqui definitivamente não é.

  Entendo que houve um trabalho de domar a uva, que deve ser considerado, afinal a Carignan é considerada difícil de manusear para quebrar sua rusticidade e seus taninos excessivos e isso ocorreu, pois se conseguiu abrandar essa força e fazer um vinho de bom equilíbrio, acidez correta e taninos sutis, mas não conseguiram inserir as qualidades que fariam deste vinho um produto de alta gama. O que, repito, não queira dizer que é ruim, é um bom vinho de 89 pontos.

  Minha avaliação:

  AR 89

  Quanto custa:

  Nos EUA U$ 14,00

  No Brasil R$ 110,00

domingo, 16 de outubro de 2016

Domaine Drouhin Pinot Noir, 2012


Domaine Drouhin Pinot Noir, 2012, Oregon, EUA

  A Família Drouhin tem suas raízes na Borgonha francesa, onde produzem Pinot Noir e  Chardonay desde 1880, quando foi fundada a Maison Joseph Drouhin. O neto do fundador, Robert Drohin assumiu o negócio em 1957. Em 1961 visitou a região do Oregon nos EUA e reconheceu ali as condições de solo e clima que julgava ideais para produzir as uvas clássicas da Borgonha em território americano. Em 1986 sua filha, já formada enóloga, inicia a aproximação com a comunidade existente dos produtores de vinho do Oregon e em 1987, seu pai Robert adquire terras em Dundee Hill (região com apelação geográfica produtora de vinhos próxima a Portland) na sub-região Willamette Valley, quando se inicia o plantio das videiras e dá início à história da Domaine Drohin neste país, que ficou a cargo de Veronique, como enóloga responsável e seu irmão Phillipe, como viticultor.

  Este vinho estagiou em carvalho francês, sendo 20% novos por 8 a 10 meses e esta safra de 2012 foi considerada excelente pelo próprio produtor.

  Degustado em 11/10/2016.

  O vinho é especial, complexo e sutil. No nariz destacam-se os aromas de framboesa, champignons cozidos, ervas aromáticas e flores, como violetas e alfazema. Após algum tempo notam-se traços de chocolate. Na boca é extremamente equilibrado, macio, aveludado, marcante, persistente e elegante. Seus taninos são precisos, é levemente picante e possui um suave amargor de madeira. Uma verdadeira carícia aos sentidos e que mantém a ótima qualidade em todos os aspectos a se avaliar, um belíssimo trabalho da enóloga. É daqueles vinhos em que se lamenta ter apenas uma garrafa para degustar. Grande vinho.

  Minha avaliação:

  AR 93

  Quanto custa:

  Nos EUA U$ 47,00

 No Brasil consta no catálogo da Mistral, mas infelizmente não há disponibilidade no momento.

  
  

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Flor de Crasto Tinto 2013

  

Flor de Crasto Tinto 2013, Douro, Portugal

 Quem faz este vinho é a emblemática Vinícola Quinta de Crasto, localizada na região do Douro, à margem direita do Rio Douro, sob a propriedade da família Roquette, que já detinha terras ali há mais de um século. O empreendimento nos últimos anos se modernizou e deu muita importância aos avanços tecnológicos, porém sem perder vários aspectos tradicionais, como a própria pisa em lagares, que consiste na pisa artesanal das uvas, para a produção de alguns rótulos especiais.

  Produzido pelo enólogo Manuel Lobo, com Tinta Roriz (ou Tempranillo), Touriga Nacional e Touriga Franca e não estagia em carvalho e é um vinho de entrada da vinícola. 
  Degustado em 09/10/2016.

  No nariz se destacam as frutas  como morangos, amora, ameixa preta e cerejas, a princípio não muito doces, ao final aparece mais algo de caramelo, notas de balsâmico e um sutil aroma de canela. Na boca mostra força e boa intensidade, médio corpo, taninos um pouco verdes que por não serem muito rigorosos passa bem, leve amargor herbal que persiste um pouco no final de boca, média persistência. Mostra um bom potencial gastronômico, principalmente com carnes um pouco mais gordurosas como picanha e carneiro. É um vinho sem muita complexidade, mas que agrada para o que se propõe de ser um vinho frutado, de taninos ligeiros e boa estrutura. Já provei anteriormente o Flor de Crasto Branco e também manteve o bom padrão deste tinto, para uma linha básica .

  Minha avaliação:

  AR 87

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 60,00

  Nos EUA U$ 10,00

domingo, 2 de outubro de 2016

Maycas del Limari Reserva Especial Chardonay, 2014

  

Maycas del Limari Reserva Especial Chardonay, 2014, Vale del Limari, Chile

   A Vinícola Maycas del Limari nasceu em 2005 e o projeto tem a consultoria da Vinícola Concha y Toro. Ela se propõe a fazer vinhos de qualidade no Vale do Limari e se especializou nas uvas clássicas da Borgonha, a Pinot Noire e a Chardonay. Os enólogos Marcelo Papa e Javier Villarroel, têm a experiência na produção de alguns famosos rótulos da Concha y Toro e são os responsáveis pelos rótulos produzidos pela Maycas del Limari.

  Degustado em 01/10/2016.

  Estagiou por 11 meses em barris de carvalho francês, sendo apenas 17% novos..

  Excelentes aromas de maçã verde, lima da pérsia, notas lácteas e um leve defumado que lembra a pão tostado. Na boca as frutas ácidas predominam com muito equilíbrio e frescor, estimula a salivação, preenchendo o paladar com sabores coerentes com seus aromas, acrescido de leves nuances minerais e herbais. Boa persistência, complexo, muito prazeroso e gastronômico, acompanhando muito bem a peixes e frutos do mar, além de perus, ou frangos ao molho, bem temperados e com várias nuances de sabor para ser utilizado como um bom veículo de harmonização. Sugestão para caldeiradas, salmão assado, peixe suave ao escabeche ou frango na brasa com molhos cítricos, mas o vejo bem eclético para muitas opções de preparos. Um Chardonay sul-americano muito bom e de excelente qualidade.

  Minha avaliação:

  AR 92

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 91,00

  No Chile U$ 16,00
  

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Pérez Cruz Cabernet Sauvignon Reserva, 2012



Pérez Cruz Cabernet Sauvignon Reserva, 2012, Vale do Maipo, Chile

  Fundada em 1994, a Perez Cruz é uma vinícola familiar, com certificação de sustentável, localizada aos pés da Cordilheira dos Andes, no Vale do Maipo chileno, especializada em vinhos tintos.

  É produzido com 95% de cabernet sauvignon, 4% de shiraz e 1% de malbec (que a vinícola chama, do nome utilizado na França, como "cot"). Apesar da Vinícola não informar, certamente houve algum estágio em carvalho, provavelmente francês.

  Degustado em 25/09/2016.

  O aroma tem boas qualidades e denota muito frescor de frutas maduras em destaque para amora, cereja e ameixa, com notas de balsâmico, tomilho e pimentão, média intensidade e agradou bastante. Na boca o sabor é bem interessante, taninos discretos e macios, bom equilíbrio, bastante corpo, bem frutado e herbal, boa persistência e sem grandes complexidades no paladar. É um vinho com muito boa presença, bem correto, fácil de agradar e com ótima relação custo-benefício.

  Minha avaliação:

  AR 89

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 55,00

  Nos EUA U$ 14,00 

  * É um dos poucos vinhos que notamos que no Brasil pagamos um preço equivalente ao que se paga nos EUA.


sábado, 24 de setembro de 2016

Quinta de Bons Ventos Branco, 2015


Quinta de Bons Ventos Branco, 2015, Lisboa, Portugal

  Quem produz este rótulo é a Casa Santos Lima, uma grande empresa especializada tanto na produção, comercialização e engarrafamento de vinhos portugueses. É o maior produtor do " Vinho Regional Lisboa", que é o caso do vinho degustado e também da Denominação de Origem Controlada  (DOC) Alenquer, focando sua produção na relação qualidade/preço.

  Este vinho foi produzido com Arinto, Fernão Pires, Vital, Rabo de Ovelha (todas autóctonas de Portugal) e Chardonay.

   Degustado em 22/09/2016.

  Aromas cítricos muito frescos com notas de maçãs verdes e suco de limão e notas de amêndoas, levemente adocicados. Na boca tem um sabor bem marcante, um pouco salgadinho, sem muita acidez e uma razoável persistência. O final de boca tem um amargor um pouco excessivo que remete a lima da pérsia que já foi cortada há muito tempo, o que com o tempo suavizou um pouco, mas considero que o paladar final quebrou um pouco as expectativas do aroma. No balanço de prós e contras é um vinho bem razoável, que não empolga muito, mas tem sua personalidade. Vale muito a pena pelo preço praticado em Portugal.

  Minha avaliação:

  AR 87

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 43,00

  Em Portugal € 3,50

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Benmarco Malbec 2013



Benmarco Malbec 2013, Lujan de Cuyo, Mendoza, Argentina  

  A enóloga Susana Balbo é uma das mulheres mais respeitadas no mundo do vinho. Com mais de 30 anos de experiência foi a primeira argentina reconhecida na função e se estabeleceu como referência no setor. Em 1999 fundou a Susana Balbo Wines, em Lujan de Cuyo, Mendoza, e iniciou seu negócio próprio, que acabou por tornar-se uma das melhores vinícolas argentinas. Hoje, além de Susana, que é a presidente da empresa, seu filho José, também enólogo e sua filha Ana, administradora, também compõem o quadro da vinícola.

  A linha Benmarco tem a proposta de explorar novos locais de cultivo, em altitudes mais elevadas,  destacando as qualidades do terroix e da uva, sob os cuidados do viticultor Edgardo del Pópolo.

  As uvas foram produzidas em Vista Flores, no Vale do Uco, em Mendoza a 1100 metros de altitude e o vinho estagiou por 11 meses em carvalho francês de segundo uso.

  Degustado em 14/09/2016.

  O vinho destaca muito as qualidades de um ótimo malbec. Aroma a frutas negras, como mirtilo, amora e notas de violeta, porém de pouca intensidade. O sabor é excelente, picante, intenso, encorpado, aveludado, noturno, muito equilibrado, taninos macios e leve amargor herbal. Um vinho que agrada ao fã da uva e o cativa. Se tivesse mais força aromática ganharia pelo menos mais 2 pontos, mas na boca é excepcional.

  Minha avaliação:

  AR 91

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 110,00

  Nos EUA U$ 15,00

  

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Ramirana Gran Reserva Cabernet Sauvignon, 2011



 Ramirana Gran Reserva Cabernet Sauvignon, 2011, Vale do Maipo, Chile

  A vinícola Ventisquero, fundada em 1998, é uma das que mais cresce no Chile, com vinhos de muito boa qualidade. Em 2012 foi certificada como vinícola sustentável em 100% de seus vinhos.

  Esta linha " Ramirana" é inspirada na alma do cavalo criollo chileno e sempre apresenta rótulos muito competentes que ficam por conta do enólogo Alejandro Galáz.

  Este vinho estagiou 12 meses em carvalho francês, sendo 12% novos e o restante em barris de segundo e terceiro uso.

  Degustado em 14/09/2016.

  Os aromas são excelentes, aveludados, com destaque para as frutas negras como mirtilo e cassis, notas de chocolate, herbais e de pimentão. O sabor é intenso, taninos discretos e macios, bom equilíbrio, encorpado, concentrado, boa persistência. Curiosamente é um vinho que eu não recomendaria decantar, pois parte de seus sabores se destacaram de maneira mais intensa na primeira meia hora, após ser aberto, e com o tempo tendeu a acentuar mais a acidez e perder um pouco a maciez, mas sem comprometer a qualidade geral e o prazer da degustação, pois é um vinho muito bom e muito bem produzido, que vale a pena ser provado e isto é apenas um pequeno detalhe relativo à sua evolução, que muitos apreciadores sequer considerarão um ponto negativo.

  Minha avaliação:

  AR 90

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 78,00

  No Chile U$ 11,00

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Doña Dominga Reserva Carmenere, 2014


Doña Dominga Reserva Carmenere, 2014, Vale do Colchagua, Chile

 Quem produz este rótulo é a prestigiada vinícola familiar Casa Silva, a qual foi fundada em 1997 pela família Silva, cujas raízes estão ligadas ao Vale do Colchagua há várias gerações, dedicando-se à produção de vinhos. A empresa busca ser uma das protagonistas no Chile na produção de vinhos de qualidade. 

  A linha Doña Dominga foi lançada em 1999 com o intuito de oferecer uma ótima relação custo-benefício, com vinhos bem acessíveis, que tragam fruta fresca, taninos suaves e agradável final, valorizando a sua terra, as pessoas e as tradições locais.

  Este rótulo estagiou 45% do vinho por 6 meses em carvalho francês e o restante do volume em tanques de aço inoxidável.

  Degustado em 14/09/2016.

  Os aromas deste vinho agradam, sendo os típicos do carmenere, destacando pimentões e frutas vermelhas, embora sem muita força. Na boca é agradável, de sabor intenso, bem equilibrado, taninos suaves, curto, levemente picante. É um vinho muito saboroso e prazeroso, que deve agradar a uma gama muito grande de interessados, daquele tipo que todos acham muito gostoso. Apesar dos aspectos técnicos não revelarem uma nota tão elevada, é excelente pedida.

  Minha avaliação:

  AR 88

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 44,00

  No Chile U$ 9,00

sábado, 17 de setembro de 2016

Courela 2012


Courela 2012, Alentejo, Portugal

 A região do Alentejo tem muita história e ali o dinamarquês Hans Jorgensen e sua esposa californiana Carrie Jorgensen criaram e administram este empreendimento familiar. A Cortes de Cima rompeu com o padrão imposto pela região, o DOC Alentejo, por acreditar que com a liberdade de cultivar as uvas que lhe convier, pode conseguir excelentes resultados, aproveitando as vantagens do terroix local. Por isso utilizam em seus vinhos a denominação Vinho Regional Alentejano.

  A filosofia é de produzir vinhos de excelência, com muita intensidade e corpo. Seguem o interessante lema: " A vida é muito curta para fazer mau vinho".

  O Courela é o vinho tinto de entrada (o mais simples) da vinícola, que produz excelentes rótulos. É um vinho jovem, que não estagiou em carvalho, produzido com 48% aragonês, 46% shiraz e 6% touriga nacional.

  Degustado em 14/09/2016.

  Os aromas deste vinho são bastante intensos e agradáveis, destacando as frutas vermelhas doces como cereja e groselha, balsâmico e notas herbais. Na boca apresenta uma forte acidez, que predomina no paladar, é intenso, demonstra bastante frescor e médio corpo. É um vinho vibrante e picante na ponta da língua, com notas de pimenta do reino. Um vinho jovem que apresenta a proposta de frescor e descontração, mas que é superior e tem mais predicados do que a  grande maioria que produz vinhos com esta proposta. Realmente tudo o que já provei desta vinícola agradou muito e mesmo sendo este o seu vinho mais simples, mostra muitos méritos.

  Minha avaliação:

  AR 88
  
  Quanto custa:

  No Brasil R$ 55,00

  Em Portugal, apenas U$ 4,00

domingo, 11 de setembro de 2016

Teorema Granacha Viñas Viejas, 2012



Teorema Granacha Viñas Viejas, 2012, Calatayud, Espanha

  A empresa Bodegas y Viñedos del Jalon foi criada em 1999 reunindo algumas vinícolas de denominação de Origem Controlada (DOC) Calatayud, localizada em Maluenda, há 87 km de Zaragoza, procura conciliar tradição e tecnologia, onde a uva principal local é a garnacha, que também foi utilizada para produzir o rótulo apreciado.

  Este vinho estagiou em carvalho francês e foi produzido a partir de vinhedos de mais de 40 anos.

  Degustado em 11/09/2016.

  No nariz os aromas de média intensidade destacam as frutas vermelhas, principalmente morangos, e tem notas sutis de canela e chocolate amargo. Na boca tem acidez marcante, taninos sutis, corpo  de médio para alto, leve amargor, pouca madeira, boa intensidade e persistência média. É um vinho que não empolga nem desagrada. Tem bom sabor e boa pegada, mas pouca complexidade. O final de boca tem boa personalidade com sabores que lembram a cravo.

  Minha avaliação:

  AR 88

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 57,00

  Nos EUA U$ 12,00

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Don Reca 2013


Don Reca 2013, Vale do Cachapoal, Chile

  A Vinícola La Rosa, que nos traz o Dom Reca, é uma das mais antigas e tradicionais do Chile, produzindo vinhos desde 1824, sob o comando da família Ossa. Desde 1987, Ismael Ossa Errázuriz, comanda sua produção, sendo o representante da sexta geração da família.

  O vinho produzido com cabernet sauvignon 38%, carmenere 28%, merlot 15%, shiraz 12% e cabernet franc 7% é prazeroso.

  Há quase um ano eu já havia provado e comentado o ótimo Don Reca safra 2012.

  Degustado em 15/08/2016.

 Aroma de ótima intensidade de pimentões vermelhos, violetas e frutas negras, surgem também notas herbais de muito frescor. Na boca tem acidez destacada, bom equilíbrio, estruturado, é intenso, taninos muito redondos, frutado, herbal, muito sabor. Um ótimo vinho.

  Minha avaliação:

  AR 91

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 105,00

  No Chile U$ 17,00

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Montecastro y Llanahermosa 2004


Montecastro y Llanahermosa 2004, Ribera del Duero, Espanha

  A Vinícola Montecastro foi fundada em 2002, quando um grupo de investidores se uniu ao enólogo francês Bertrand Erhard para iniciar o projeto. Localizada na Província de Valladolid, na Denominação de Origem  Controlada - DOC Ribera del Duero, região conhecida por ser onde se produzem os melhores tempranillos espanhóis.

  O vinho possui mais de 90% de tempranillo e pequenas frações de cabernet sauvignon, merlot e garnacha. Estagiou cerca de 18 meses em carvalho francês, sendo 60% novos e 40% com 2 anos de uso.

  Degustado em 18/08/2016.

  Pela foto do rótulo  pode-se perceber sua idade avançada.  Foi produzido em 2004, estando agora com 12 anos de produção. Foi muita espera. O vinho está em uma clara curva descendente, passou um pouco do ponto, já apresentando certa oxidação. No entanto isto não quer dizer que estivesse ruim e demonstrou muitas qualidade. Aromas um pouco velhos de figos secos, aniz, cassis, mirtilos e grão de bico cozido. Na boca se sente a acidez em destaque, taninos muito macios, sabores de azeitonas negras e muito boa estrutura. Apesar da idade, agradou e demonstrou ser ótimo vinho, mas se tivesse sido aberto há uns quatro anos atrás, creio que estaria em seu auge e o prazer da degustação seria maximizado.

  Minha avaliação:

  AR 91

  Quanto custa:

  Outra safra no Brasil R$ 179,00

  Nos EUA U$ 25,00

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

San Julián Pinot Noir 2014


San Julián Pinot Noir, Maycas del Limari, 2014, Vale do Limari, Chile

 A Vinícola Maycas del Limari nasceu em 2005 e o projeto tem a consultoria da Vinícola Concha y Toro. Ela se propõe a fazer vinhos de qualidade no Vale do Limari e se especializou nas uvas clássicas da Borgonha, a pinot noir e a chardonay. Os enólogos Marcelo Papa e Javier Villarroel, têm a experiência na produção de alguns famosos rótulos da Concha y Toro e são os responsáveis pelos rótulos produzidos pela Maycas del Limari.

  O San Julián faz parte da linha principal da Vinícola, tendo estagiado 14 meses em barris de carvalho francês.

  Degustado em 18/08/2016.

  No nariz assim que se abre a garrafa, aparecem as notas terrosas de champignon típica dos pinot noires chilenos, depois vai evoluindo e estas notas tendem a desaparecer, dando passagem às frutas maduras vermelhas e negras, principalmente framboesas e geléia de amoras, com o tempo também surgem aromas sutis de chocolate. Em resumo, seus aromas são excepcionais. Na boca destaca a acidez, com muito bom frescor, possui boa persistência, equilíbrio e estrutura. O final de boca é  um pouco picante e surpreendente , revelando sabores herbais de hortelã e manjericão. Um excelente vinho chileno.

  Minha avaliação:

  AR 93

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 162,00

  No Chile U$ 24,00

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Tolosa Pinot Noir, 2012


Tolosa Pinot Noir, 2012 Edna Valley, Califórnia, EUA

  A Vinícola Tolosa foi fundada em 1998 por Robin Bagget, que até hoje toca o empreendimento com sua esposa, e o sócio Bob Schiebelhut.

 O "Edna Valley" fica próximo à cidade de San Luis Obispo de Tolosa na Califórnia e é considerado muito interessante para a produção de vinhos, sendo um dos primeiros locais de crescimento do produto naquele Estado. Os vinhedos se encontram bem próximos ao Oceano Pacífico, cerca de 8 Km e tem o clima comparado ao da Borgonha francesa.

  Degustado em 18/08/2016, este é um vinho da linha mais básica da vinícola e estagiou 11 meses em carvalho francês.

  Os aromas não são muito intensos, mas são agradáveis, com destaque para as frutas vermelhas, especialmente morangos muito maduros e café. Na boca demonstra pouco corpo, bom equilíbrio, taninos sutis, leve amargor amadeirado, média persistência. É um bom pinot noir, mas possui muitas limitações.

  Minha avaliação:

  AR 88

  Quanto custa:

  Nos EUA U$ 25,00

  Atualmente não é comercializado no Brasil.


segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Clos de los Siete 2011



 Clos de los Siete 2011, Vale do Uco, Mendoza, Argentina

  Clos de los Siete é um projeto pessoal do famoso francês consultor de vinhos Michel Rolland, que viu no Vale do Uco, na Argentina, aos pés da Cordilheira dos Andes, as condições ideais para produzir vinhos de qualidade. Atraiu outros produtores franceses de Bordeaux que ali se estabeleceram com suas vinícolas e em conjunto produzem este rótulo.

  O vinho é produzido com 56% malbec, 14% merlot, 12% cabernet sauvignon, 12% shiraz, 4% cabernet franc e 2% petit verdot. Estagiou 70% do vinho em barris de carvalho 1/3 novos, 1/3 com 1 ano e 1/3 com 2 anos de uso.

 Vinho de bastante concentração e boa estrutura. Aroma aveludado, onde predominam as características do malbec, com notas de violeta, frutas negras e couro, de média intensidade e que agrada bastante. Na boca é picante e intenso, madeira muito bem colocada, com leve amargor, sabor a chocolate amargo, pimenta do reino e cerejas, boa acidez, vinho extremamente agradável, equilibrado, marcante e com boa persistência. Vale a pena ser provado.

  Minha avaliação:

  AR 90

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 110,00

  Nos EUA  U$ 14,00

terça-feira, 9 de agosto de 2016

El Sensacional Equilibrista Malbec 2011

  

El Sensacional Equilibrista Malbec 2011, Vale do Uco, Mendoza, Argentina

  A Vinícola El Equilibrista, que se situa no Vale do Uco, em Mendoza, faz sempre uma divertida menção a temas circenses em cada um de seus bem elaborados rótulos. O responsável pelo projeto é o enólogo Juan Ubaldini que produz vinhos em pequena escala na busca pela essência de cada cepa e valorização do terroir local. Produz 3 linhas básicas, o El Joven Equilibrista, o El Sensacional Equilibrista e o El Gran Equilibrista.

  O negócio segue o conceito de "Vinícola de Garagem", uma produção de tamanho considerado pequeno, onde o enólogo se dedica pessoalmente na produção artesanal de vinhos de qualidade e com um conceito bem pessoal. 

  Foram produzidas apenas 3.000 garrafas deste rótulo degustado, que foi produzido com 90% de malbec e 10% de merlot, originários do Vinhedo Vistaflores. Estagiou 10 meses em carvalho francês de segundo e terceiro uso e 6 meses em garrafa.

  Degustado em 07/08/2016.

  Vinho concentrado e forte. No nariz o aroma é de frutas muito maduras em destaque, principalmente cerejas e ameixas frescas e notas de baunilha, mas de baixa intensidade. Na boca empolga, é nervoso, no paladar é vibrante, muito equilibrado, frutado, herbal, taninos colocados à perfeição, acidez excelente, encorpado, picante e muito intenso, ótima persistência. Um vinho com muita personalidade, que sai do lugar comum e  traz aquela sensação boa de provar um vinho especial e único. Recomendadíssimo.

  Minha avaliação:

  AR 92

  Quanto custa:

  Uma notícia muito boa e uma ruim. A boa, o vinho é barato. A ruim, para comprar só na Argentina. A produção é pequena e não está à venda no Brasil.

  Na Argentina U$ 19,00





sábado, 30 de julho de 2016

Gran Toqui Cabernet Sauvignon 2011

   

Gran Toqui Cabernet Sauvignon 2011, Vale Cachapoal, Chile

  A Casas del Toqui foi fundada em 1994 e busca a produção de vinhos de qualidade e abrir mercados internacionais, utilizando tecnologias avançadas e levando em conta os aspectos sustentáveis e de respeito ao meio ambiente e está em vias de certificação internacional.

  A Linha Gran Toqui é intermediária e provém de vinhas do Vale de Cachapoal, a cerca de 100 km ao Sul de Santiago e está a cargo do enólogo Alfonso Duarte Piña.  90 % do vinho estagiou por 12 meses em carvalho francês e americano.

  O aroma é intenso e muito agradável. Notas de cereja, amoras, chocolate e café. Na boca é forte, encorpado, possui taninos nervosos que não amaciaram muito, caudaloso, intenso, um pouco picante, certo amargor de madeira, boa estrutura, média persistência. Convida à harmonização com carnes vermelhas gordurosas grelhadas ou cozidas. Agrada, principalmente para aqueles que buscam vinhos mais potentes.

  Minha avaliação:

  AR 89

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 99,00

  No Chile R$ 59,00


sexta-feira, 29 de julho de 2016

Amarone del Valpolicella Classico Monte Faustino, 2009

Amarone del Valpolicella Classico Monte Faustino, 2009, Valpolicella, Itália

 Proveniente da clássica região de Valpolicella, em Verona no Norte da Itália, onde o Amarone é a principal expressão de qualidade da região. Este rótulo é produzido pela família Fornaser, que cultiva as uvas no distrito de San Pietro em Cariano, nos vinhedos Monte Faustino.

 O processo utilizado para se produzir os Amarones,  passa pela secagem das uvas, sob temperatura e umidade controlados, por 4 meses, no processo de appassimento, que antecede a fermentação, o que concentra mais seu açúcar natural, em um método único, que gera vinhos muito particulares.

  Hoje a vinícola tem tecnologia avançada e busca conciliar a tradição com os novos conhecimentos de produção.

  No nariz o vinho chama a atenção, com destaque para amêndoas, baunilha, chocolate e madeira velha e úmida, com boa intensidade; com o tempo surgiram notas de queijo parmesão. Na boca é levemente picante, tem sabor muito intenso, persistente, macio, taninos firmes. Um vinho que te remete ao passado, me fez visualizar velhas cantinas mofadas, escuras, tradicionais, com queijos pendurados e garrafas com teias de aranha nas antigas prateleiras (tudo no bom sentido). Um vinho para apreciar com concentração e notar suas particularidades.

   Minha avaliação:

  AR 94

 Quanto custa:

 No Brasil R$ 535,00

 Nos EUA U$ 47,00

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Primitivo di Manduria Similaun Capuzzimati 2013


Primitivo di Manduria Similaun Capuzzimati 2013, Puglia, Itália

  A vinícola foi fundada em 1952 por Cataldo Capuzzimati e hoje é administrada por seus filhos e se localiza na região de Puglia, Sul da Itália, no "calcanhar da bota". Este rótulo é produzido na região da Manduria, com a DOC (denominação de origem) Primitivo di Manduria.

  A uva utilizada á a Primitivo, que é similar à Zinfandel, muito utilizada nos EUA. 

  Vinho produzido a partir de uvas velhas de 35 a 45 anos.

  No nariz fascina com seus aromas frutados e florais, como groselha doce, violeta e alfazema. Na boca é intenso, forte, macio, equilibrado, possui boa acidez, notas de frutas vermelhas e nozes, taninos precisos e domados, muito elegante e complexo. Excelente vinho, realmente empolga.

   Minha avaliação:

  AR 93

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 115,00
  

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Savuto Odoardi 2013


Savuto Odoardi 2013, Calabria, Itália

  A família Odoardi, possui raízes alemãs e tem longa tradição na região e a última geração está representada na Vinícola por Gregorio Odoardi e sua esposa Barbara.

  Produzido na região da Calabria no Vale de Savuto, ao extremo Sul da Itália, às margens do Rio Savuto, próximo ao Mar Tirreno, "na ponta da bota", região de topografia acidentada, que não é tão famosa, mas possui vinhos de qualidade e tem tradição que remonta à Grécia Antiga, inclusive há indícios que algumas cepas da região têm origem grega.

  As uvas utilizadas são pouco utilizadas fora da região, sendo 45% gaglioppo, 20% magliocco canino, 5% greco nero e 5% nerello capuccio e não estagia em carvalho, apenas 4 meses em cubas de aço inox.

  O aroma é bem interessante, de média intensidade, mesclando balsâmico, cravo da índia, baunilha e fruta doce madura, como sapoti, macaúba, ou lúcuma. Muito bem equilibrado com taninos muito macios, muito sabor, bastante corpo, intenso. Ótimo e surpreendente vinho desta região pouco conhecida.

  Minha avaliação:

  AR 91

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 130,00

  Nos EUA U$ 13,00
  

sábado, 23 de julho de 2016

Le Bertille L'Attesa, 2008


Le Bertille L'Attesa, 2008, Toscana, Itália

  Este exemplar faz parte dos vinhos conhecidos como "Super Toscanos", que são os vinhos  que não seguem as normas de produção clássicas italianas e não utilizam o DOC (Denominação de Origem Controlada) local, como por exemplo, descartam a regra de utilização obrigatória e exclusiva das uvas autóctonas e típicas, sendo mais livres para a escolha das uvas e do seu manuseio. Normalmente mesclam uvas italianas com uvas francesas e pela qualidade normalmente apresentada, criou uma legião de admiradores nos últimos anos, revolucionando e impulsionando a produção local.

  A Vinícola é a familiar Le Bertille, que é administrada por Olimpia Roberti e se localiza no coração da região de Montepulciano, onde se produzem os clássicos Chianti. Aqui foram usadas a Sangiovese 65%, a Merlot 20%, a Colorino 10% e a Ciliegiolo 5% e o vinho estagiou por 12 meses em carvalho francês.

  Aroma bem agradável balsâmico, um pouco ácido, frutas vermelhas, groselha e baunilha. Na boca o sabor é levemente picante, harmonioso com os aromas, elegante, médio corpo, com acidez destacada, notas de chocolate e um certo amargor herbal. Realmente se parece muito com um Chianti Clássico, mas a presença do merlot fez muito bem a este vinho, fornecendo uma força aromática difícil de verificar nos Chiantis tradicionais. Para mim, a decisão de incluir a cepa francesa foi muito feliz e valorizou bastante o vinho. Bom vinho que combinaria muito bem com massas em molho de tomates frescos e carne.

   Minha avaliação:

  AR 90

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 154,00

  Na Itália $ 12,00
  

domingo, 17 de julho de 2016

Baron Philippe de Rothschild Sauvignon Blanc Reserva, 2014


Baron Philippe de Rothschild Sauvignon Blanc Reserva, 2014, Vale do Maipo, Chile

  A Baron Philippe de Rothschild chegou ao Chile no Vale do Maipo em 2003. Esta icônica vinícola francesa de Bordeaux de 1853 tem muita história, dona de alguns  rótulos que são verdadeiros clássicos como o famoso Chateau Mouton Rothschild. Também produz em associação com outras vinícolas grandes vinhos como o Opus One, com Robert Mondavi na Califórnia e o Almaviva com a Concha y Toro no Chile.

   Nesta linha de vinhos produzidos no Chile, que seguem sob a supervisão da terceira geração da família, a proposta é produzir vinhos mais acessíveis, com boa qualidade e que explore bem o terroir do Vale do Maipo chileno.

  Degustado em 17/07/2016.

  É um vinho muito agradável e com bastante frescor. No nariz percebem-se aromas de pouca intensidade de frutas cítricas com destaque para lima da pérsia, notas vegetais como grama cortada e um pouco de amanteigado, que conforme passa o tempo tende a desaparecer. Na boca tem boa acidez, sem predominar muito. Frutado e herbal, bastante equilibrado, média persistência, fácil de tomar. Deve agradar à maioria e combina muito com o calor, bem como para acompanhar peixes e frutos do mar com molhos cítricos, suaves e saladas. No entanto não se deve esperar um grande vinho, mas um vinho descompromissado. É um sauvignon blanc saboroso e que não demonstra aquele aroma tão marcante de maracujá que é tão comum nos chilenos, mostrando personalidade própria. Agrada sem empolgar.

  Minha avaliação:

  AR 87

  Quanto custa:

  No Brasil R$60,00

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Tarima Orgânico 2012


Tarima Orgânico 2012, Alicante, Espanha

  Produzido pela Vinícola Volver, que foi criada em 2004 pela dupla de enólogos Jorge Ordoñez e Rafael Cañizares, que nos anos 90 foram uns dos responsáveis pelo "boom" dos vinhos espanhóis, ao abrir o mercado internacional, principalmente nos Estados Unidos, referenciado pelo reconhecimento de qualidade dos críticos locais, encabeçado por Robert Parker.

  A vinícola se especializou em produzir rótulos provenientes de uvas autóctonas espanholas extraídas de vinhas velhas, buscando obter o máximo da qualidade dos frutos destacando o terroir local, mas com a dinâmica da exigência do mercado atual.

  Este rótulo degustado foi produzido na região de D.O.( Denominação de Origem) Alicante, próximo à cidade de Salinas e de Pinoso, onde se produz vinhos desde a Época do Império Romano, em solo muito árido, dada a forte excassez de chuvas. Esta zona de cultivo possui um verão muito quente (excedendo os 40ºC) e um inverno muito frio (com mínimas beirando os 7ºC) e chega a nevar nas montanhas mais altas próximas à esta região.

 A uva é a Monastrel, que se adapta como poucas ao clima extremo e seco. A produção seguiu a técnica orgânica. Não passa por carvalho. Já tive a oportunidade de provar há alguns anos o top da linha, o Tarima Hill e fiquei encantado com a qualidade.

  Degustado em 10/07/2016.

  O vinho possui um belo rubi intenso e impressiona muito bem nos instigantes aromas com destaque para framboesas, mirtilos e cerejas, notas florais, queijo adocicado (ou doce de queijo) e um sutil defumado. Na boca a acidez predomina no paladar (o que é característico de um monastrel), com taninos mais verdes, provavelmente do engaço e da casca, já que não passou por madeira e o álcool está em boa medida. A forte acidez esconde um pouco os sabores frutados que se destacam no nariz. Média intensidade. É um vinho bem gastronômico que combina com carnes vermelhas menos gordurosas, conjugadas com sabores mais intensos e de certa acidez, como  molho de gorgonzola, de tomates frescos ou com alho tostado. Os pontos fortes do vinho são seus aromas e a  boa personalidade.

 Minha avaliação:

  AR 89

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 90,00

  Nos EUA U$ 11,00