domingo, 26 de junho de 2016

Nicasia Red Blend Cabernet Franc 2014


Nicasia Red Blend Cabernet Franc 2014, Mendoza, Argentina

  A história da Catena Zapata se confunde com a produção da principal uva da Argentina, a malbec, quando o patriarca da família veio da Itália no final do século 19 com as primeiras mudas. De geração em geração fizeram uma verdadeira revolução nos métodos, no manejo e na produção do vinho local. Hoje seu produto é um dos mais renomados da Argentina e não só com o malbec, mas com o chardonay, o cabernet sauvignon e outras uvas que ela produz.

  A elaboração dos vinhos em que predomina a cabernet franc, que eram há até pouco tempo raros de se encontrar, está em um forte crescimento entre os vinhos de qualidade argentinos, tornando-se cada vez mais frequentes os lançamentos de ótimos rótulos desta uva. Aqui a Catena Zapata utiliza esta cepa em 90% de sua composição, complementando com 7% merlot e 3% petit verdot.

  A  Nicasia é uma das linhas de entrada desta vinícola, que praticamente só é encontrada no mercado local argentino, embora haja algumas poucas garrafas disponíveis no Brasil, mas quando se fala da Catena Zapata, sempre podemos esperar qualidade.

 Este rótulo teve suas uvas cultivadas na Fazenda Altamira, São Carlos, na região de Lujan de Cuyo, em Mendoza a 1200 metros de altitude e após vinificado estagiou por 1 ano em carvalho francês, sendo 30% novos.

  Degustado em 09/06/2016.

  Na degustação, os aromas são de pouca intensidade, mas bem agradáveis, com destaque para as frutas negras, baunilha e notas herbais. Na boca aparecem poucos e suaves taninos, tem boa acidez e predomina a fruta, tem bom equilíbrio e não é muito complexo, nem muito intenso.

 No entanto, para analisar este vinho eu descartaria um pouco os aspectos mais técnicos e destacaria sobremaneira o sabor, que para mim, é delicioso, um vinho que valoriza essencialmente o prazer de ser tomado e apreciar seus sabores frutados e envolventes. Quisera eu, ter para tomar um vinho como este no dia a dia pelo custo que se pratica na Argentina, seguramente seria um dos que eu mais consumiria.

   Minha avaliação:

  CL 88

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 116,00

  Na Argentina R$ 30,00

terça-feira, 21 de junho de 2016

Programação de Inverno do Vale dos Vinhedos 2016

  Acabei de receber a programação de inverno do Vale dos Vinhedos, muito boa para quem curte um friozinho e as belezas do Sul do Brasil. Quem me mandou foi a editora de mídias do Vale, Naiára Martini.


  Enquanto os parreirais hibernam, capricharam nas opções de passeios enoturísticos e da enogastronomia na região, com inúmeras atividades voltadas para os visitantes, como cursos, degustações, vivências, oficinas, jantares harmonizados, exposições e outras.

  Ainda não conheço o Vale dos Vinhedos, mas acompanho de perto a profissionalização crescente do turismo, a boa qualidade dos vinhos espumantes e o esforço contínuo na melhoria de vinhos brancos e tintos produzidos na região, além de termos excelentes informações de quem visitou a região, sendo unânimes as impressões sobre a beleza local, o bom atendimento e a excelente estrutura.

 O evento vai de 20 de junho a 21 de setembro e é ótima pedida para este inverno.

  Segue o link da programação:
  Link da Programação de Inverno Do Vale dos Vinhedos


quinta-feira, 16 de junho de 2016

Maycas del Limari Reserva Especial Pinot Noire 2014



Maycas del Limari Reserva Especial Pinot Noire 2014, Valle del Limari, Chile

  A Vinícola Maycas del Limari nasceu em 2005 e o projeto tem a consultoria da Vinícola Concha y Toro. Ela se propõe a fazer vinhos de qualidade no Vale do Limari e se especializou nas uvas clássicas da Borgonha, a pinot noire e a chardonay. Os enólogos Marcelo Papa e Javier Villarroel, têm a experiência na produção de alguns famosos rótulos da Concha y Toro e são os responsáveis pelos rótulos produzidos pela Maycas del Limari.

  Este rótulo estagiou por 10 meses barris de carvalho francês, sendo 18 % novos.

  Degustado em 16/06/2016

  Logo que abri a garrafa, os aromas que sobressaíram foram de morangos maduros, cerejas frescas e geléia de frutas vermelhas. Ao longo do tempo, os aromas foram evoluindo e aparecendo as notas terrosas típicas dos bons pinot noires chilenos, que me agradam muito, principalmente as notas de champignons frescos cozidos e terra molhada, bem integrados com as frutas vermelhas. Curiosamente, muitas horas depois estes aromas terrosos tenderam a diminuir e novamente se destacaram o morango e cereja doces, com sutis notas de chocolate.

  Na boca tem uma excelente acidez, muito marcante, que se harmoniza muito bem com os taninos que estão em quantidade bem adequada, embora denote um pouco de madeira verde no final de boca. É um vinho com uma pegada muito intensa, bastante concentração, uma leve sensação picante, terrosa e de tostado. Um vinho com muitas virtudes, que me agradou bastante. Creio que chegará no seu ponto ideal em mais uns 4 anos, mas já pode ser muito bem apreciado agora.

   Minha avaliação:

  AR 91

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 78,00

sábado, 11 de junho de 2016

Flor de Crasto Branco 2013



Flor de Crasto Branco 2013, Douro, Portugal


  Quem faz este vinho é a emblemática Vinícola Quinta de Crasto, localizada na região do Douro, à margem direita do Rio Douro, sob a propriedade da família Roquette, que já detinha terras ali há mais de um século. O empreendimento nos últimos anos se modernizou e deu muita importância aos avanços tecnológicos, porém sem perder vários aspectos tradicionais, como a própria pisa em lagares, que consiste na pisa artesanal das uvas para a produção de alguns rótulos especiais.

  Produzido pelo enólogo Manuel Lobo a partir de castas autóctonas portuguesas com mais de 20 anos de idade, sendo a Rabigato, a Códega do Larinho e a Viosinho . Não passa por madeira. É um vinho de entrada da vinícola, voltado mais para o dia a dia.

  Degustado em 12/06/2016.

  Aromas bem intrigantes que me fizeram lembrar frutas amarelas cozidas, principalmente marmelo, maçãs, abacaxis e carambola, notas florais e certa mineralidade. Na boca agrada bastante, embora me pareça carecer de um pouco mais de acidez; tem uma discreta salinidade, sutil amargor e sabores bem concordantes com seus aromas. Deixa um final de boca  que me remeteu a polpa de uvas verdes meio salgadinhas. Um vinho branco interessante que me agradou. Eu já havia provado o Flor de Crasto Tinto e creio que ele mantém o bom padrão desta linha básica da vinícola. Boa combinação com camarões e peixes grelhados ou cozidos, acho que este vinho traz referências do mar, em seus aspectos degustativos, apesar de ter sido produzido a 130 km do Atlântico Norte.

Minha avaliação:

AR 88

Quanto custa:

No Brasil R$ 54,00

Nos EUA U$ 10,00


sexta-feira, 3 de junho de 2016

Urmeneta Reserva Especial Rio de Cobre Pinot Noir 2012


Urmeneta Reserva Especial Rio de Cobre Pinot Noir 2012, Valle de Curicó, Chile

  A Vinícola Urmeneta foi criada pelo empresário e político José Tomás Urmeneta em 1860. Ele possuia vários negócios na região como empresas de gás, estradas de ferro e minas de cobre e chegou a se candidatar sem sucesso à presidência chilena.

  Hoje a vinícola faz parte do grupo empresarial VSPT Wine Group, proprietário de marcas como Viña San Pedro, Viña Tarapacá, Santa Helena, entre outras no Chile e na Argentina. Este grupo impulsionou a distribuição e o desenvolvimento tecnológico da empresa.

  A linha Rio de Cobre faz menção e homenageia a empresa de mineração do fundador, a mineradora Pique de Tamayo, também chamada Rio de Cobre, uma das pioneiras na elevação do Chile à liderança mundial na exploração de cobre.

  Degustado em 03/06/2016.

  Na taça vê-se um rubi clarinho bem típico da uva, levemente alaranjado. No nariz destacam-se notas de frutas vermelhas, como morango em calda e licor de cereja, aromas meio terrosos e baunilha. Aromas de média intensidade e bem agradáveis. Na boca, demonstra boa coerência com os aromas, além de notas herbais e um final de boca que lembra a nozes e cravo da índia, deixando a língua com uma discreta dormência. Elegante, taninos muito suaves, bom equilíbrio, média persistência. É um vinho que traz um conceito um pouco diferente do habitual, mas não perde o estilo do pinot noir chileno, que agrada, apesar de não ter um nível tão elevado, mas vale ser conhecido.

   Minha avaliação:

  AR 89

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 61,00