segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Pérez Cruz Cabernet Sauvignon Reserva, 2012



Pérez Cruz Cabernet Sauvignon Reserva, 2012, Vale do Maipo, Chile

  Fundada em 1994, a Perez Cruz é uma vinícola familiar, com certificação de sustentável, localizada aos pés da Cordilheira dos Andes, no Vale do Maipo chileno, especializada em vinhos tintos.

  É produzido com 95% de cabernet sauvignon, 4% de shiraz e 1% de malbec (que a vinícola chama, do nome utilizado na França, como "cot"). Apesar da Vinícola não informar, certamente houve algum estágio em carvalho, provavelmente francês.

  Degustado em 25/09/2016.

  O aroma tem boas qualidades e denota muito frescor de frutas maduras em destaque para amora, cereja e ameixa, com notas de balsâmico, tomilho e pimentão, média intensidade e agradou bastante. Na boca o sabor é bem interessante, taninos discretos e macios, bom equilíbrio, bastante corpo, bem frutado e herbal, boa persistência e sem grandes complexidades no paladar. É um vinho com muito boa presença, bem correto, fácil de agradar e com ótima relação custo-benefício.

  Minha avaliação:

  AR 89

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 55,00

  Nos EUA U$ 14,00 

  * É um dos poucos vinhos que notamos que no Brasil pagamos um preço equivalente ao que se paga nos EUA.


sábado, 24 de setembro de 2016

Quinta de Bons Ventos Branco, 2015


Quinta de Bons Ventos Branco, 2015, Lisboa, Portugal

  Quem produz este rótulo é a Casa Santos Lima, uma grande empresa especializada tanto na produção, comercialização e engarrafamento de vinhos portugueses. É o maior produtor do " Vinho Regional Lisboa", que é o caso do vinho degustado e também da Denominação de Origem Controlada  (DOC) Alenquer, focando sua produção na relação qualidade/preço.

  Este vinho foi produzido com Arinto, Fernão Pires, Vital, Rabo de Ovelha (todas autóctonas de Portugal) e Chardonay.

   Degustado em 22/09/2016.

  Aromas cítricos muito frescos com notas de maçãs verdes e suco de limão e notas de amêndoas, levemente adocicados. Na boca tem um sabor bem marcante, um pouco salgadinho, sem muita acidez e uma razoável persistência. O final de boca tem um amargor um pouco excessivo que remete a lima da pérsia que já foi cortada há muito tempo, o que com o tempo suavizou um pouco, mas considero que o paladar final quebrou um pouco as expectativas do aroma. No balanço de prós e contras é um vinho bem razoável, que não empolga muito, mas tem sua personalidade. Vale muito a pena pelo preço praticado em Portugal.

  Minha avaliação:

  AR 87

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 43,00

  Em Portugal € 3,50

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Benmarco Malbec 2013



Benmarco Malbec 2013, Lujan de Cuyo, Mendoza, Argentina  

  A enóloga Susana Balbo é uma das mulheres mais respeitadas no mundo do vinho. Com mais de 30 anos de experiência foi a primeira argentina reconhecida na função e se estabeleceu como referência no setor. Em 1999 fundou a Susana Balbo Wines, em Lujan de Cuyo, Mendoza, e iniciou seu negócio próprio, que acabou por tornar-se uma das melhores vinícolas argentinas. Hoje, além de Susana, que é a presidente da empresa, seu filho José, também enólogo e sua filha Ana, administradora, também compõem o quadro da vinícola.

  A linha Benmarco tem a proposta de explorar novos locais de cultivo, em altitudes mais elevadas,  destacando as qualidades do terroix e da uva, sob os cuidados do viticultor Edgardo del Pópolo.

  As uvas foram produzidas em Vista Flores, no Vale do Uco, em Mendoza a 1100 metros de altitude e o vinho estagiou por 11 meses em carvalho francês de segundo uso.

  Degustado em 14/09/2016.

  O vinho destaca muito as qualidades de um ótimo malbec. Aroma a frutas negras, como mirtilo, amora e notas de violeta, porém de pouca intensidade. O sabor é excelente, picante, intenso, encorpado, aveludado, noturno, muito equilibrado, taninos macios e leve amargor herbal. Um vinho que agrada ao fã da uva e o cativa. Se tivesse mais força aromática ganharia pelo menos mais 2 pontos, mas na boca é excepcional.

  Minha avaliação:

  AR 91

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 110,00

  Nos EUA U$ 15,00

  

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Ramirana Gran Reserva Cabernet Sauvignon, 2011



 Ramirana Gran Reserva Cabernet Sauvignon, 2011, Vale do Maipo, Chile

  A vinícola Ventisquero, fundada em 1998, é uma das que mais cresce no Chile, com vinhos de muito boa qualidade. Em 2012 foi certificada como vinícola sustentável em 100% de seus vinhos.

  Esta linha " Ramirana" é inspirada na alma do cavalo criollo chileno e sempre apresenta rótulos muito competentes que ficam por conta do enólogo Alejandro Galáz.

  Este vinho estagiou 12 meses em carvalho francês, sendo 12% novos e o restante em barris de segundo e terceiro uso.

  Degustado em 14/09/2016.

  Os aromas são excelentes, aveludados, com destaque para as frutas negras como mirtilo e cassis, notas de chocolate, herbais e de pimentão. O sabor é intenso, taninos discretos e macios, bom equilíbrio, encorpado, concentrado, boa persistência. Curiosamente é um vinho que eu não recomendaria decantar, pois parte de seus sabores se destacaram de maneira mais intensa na primeira meia hora, após ser aberto, e com o tempo tendeu a acentuar mais a acidez e perder um pouco a maciez, mas sem comprometer a qualidade geral e o prazer da degustação, pois é um vinho muito bom e muito bem produzido, que vale a pena ser provado e isto é apenas um pequeno detalhe relativo à sua evolução, que muitos apreciadores sequer considerarão um ponto negativo.

  Minha avaliação:

  AR 90

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 78,00

  No Chile U$ 11,00

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Doña Dominga Reserva Carmenere, 2014


Doña Dominga Reserva Carmenere, 2014, Vale do Colchagua, Chile

 Quem produz este rótulo é a prestigiada vinícola familiar Casa Silva, a qual foi fundada em 1997 pela família Silva, cujas raízes estão ligadas ao Vale do Colchagua há várias gerações, dedicando-se à produção de vinhos. A empresa busca ser uma das protagonistas no Chile na produção de vinhos de qualidade. 

  A linha Doña Dominga foi lançada em 1999 com o intuito de oferecer uma ótima relação custo-benefício, com vinhos bem acessíveis, que tragam fruta fresca, taninos suaves e agradável final, valorizando a sua terra, as pessoas e as tradições locais.

  Este rótulo estagiou 45% do vinho por 6 meses em carvalho francês e o restante do volume em tanques de aço inoxidável.

  Degustado em 14/09/2016.

  Os aromas deste vinho agradam, sendo os típicos do carmenere, destacando pimentões e frutas vermelhas, embora sem muita força. Na boca é agradável, de sabor intenso, bem equilibrado, taninos suaves, curto, levemente picante. É um vinho muito saboroso e prazeroso, que deve agradar a uma gama muito grande de interessados, daquele tipo que todos acham muito gostoso. Apesar dos aspectos técnicos não revelarem uma nota tão elevada, é excelente pedida.

  Minha avaliação:

  AR 88

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 44,00

  No Chile U$ 9,00

sábado, 17 de setembro de 2016

Courela 2012


Courela 2012, Alentejo, Portugal

 A região do Alentejo tem muita história e ali o dinamarquês Hans Jorgensen e sua esposa californiana Carrie Jorgensen criaram e administram este empreendimento familiar. A Cortes de Cima rompeu com o padrão imposto pela região, o DOC Alentejo, por acreditar que com a liberdade de cultivar as uvas que lhe convier, pode conseguir excelentes resultados, aproveitando as vantagens do terroix local. Por isso utilizam em seus vinhos a denominação Vinho Regional Alentejano.

  A filosofia é de produzir vinhos de excelência, com muita intensidade e corpo. Seguem o interessante lema: " A vida é muito curta para fazer mau vinho".

  O Courela é o vinho tinto de entrada (o mais simples) da vinícola, que produz excelentes rótulos. É um vinho jovem, que não estagiou em carvalho, produzido com 48% aragonês, 46% shiraz e 6% touriga nacional.

  Degustado em 14/09/2016.

  Os aromas deste vinho são bastante intensos e agradáveis, destacando as frutas vermelhas doces como cereja e groselha, balsâmico e notas herbais. Na boca apresenta uma forte acidez, que predomina no paladar, é intenso, demonstra bastante frescor e médio corpo. É um vinho vibrante e picante na ponta da língua, com notas de pimenta do reino. Um vinho jovem que apresenta a proposta de frescor e descontração, mas que é superior e tem mais predicados do que a  grande maioria que produz vinhos com esta proposta. Realmente tudo o que já provei desta vinícola agradou muito e mesmo sendo este o seu vinho mais simples, mostra muitos méritos.

  Minha avaliação:

  AR 88
  
  Quanto custa:

  No Brasil R$ 55,00

  Em Portugal, apenas U$ 4,00

domingo, 11 de setembro de 2016

Teorema Granacha Viñas Viejas, 2012



Teorema Granacha Viñas Viejas, 2012, Calatayud, Espanha

  A empresa Bodegas y Viñedos del Jalon foi criada em 1999 reunindo algumas vinícolas de denominação de Origem Controlada (DOC) Calatayud, localizada em Maluenda, há 87 km de Zaragoza, procura conciliar tradição e tecnologia, onde a uva principal local é a garnacha, que também foi utilizada para produzir o rótulo apreciado.

  Este vinho estagiou em carvalho francês e foi produzido a partir de vinhedos de mais de 40 anos.

  Degustado em 11/09/2016.

  No nariz os aromas de média intensidade destacam as frutas vermelhas, principalmente morangos, e tem notas sutis de canela e chocolate amargo. Na boca tem acidez marcante, taninos sutis, corpo  de médio para alto, leve amargor, pouca madeira, boa intensidade e persistência média. É um vinho que não empolga nem desagrada. Tem bom sabor e boa pegada, mas pouca complexidade. O final de boca tem boa personalidade com sabores que lembram a cravo.

  Minha avaliação:

  AR 88

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 57,00

  Nos EUA U$ 12,00

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Don Reca 2013


Don Reca 2013, Vale do Cachapoal, Chile

  A Vinícola La Rosa, que nos traz o Dom Reca, é uma das mais antigas e tradicionais do Chile, produzindo vinhos desde 1824, sob o comando da família Ossa. Desde 1987, Ismael Ossa Errázuriz, comanda sua produção, sendo o representante da sexta geração da família.

  O vinho produzido com cabernet sauvignon 38%, carmenere 28%, merlot 15%, shiraz 12% e cabernet franc 7% é prazeroso.

  Há quase um ano eu já havia provado e comentado o ótimo Don Reca safra 2012.

  Degustado em 15/08/2016.

 Aroma de ótima intensidade de pimentões vermelhos, violetas e frutas negras, surgem também notas herbais de muito frescor. Na boca tem acidez destacada, bom equilíbrio, estruturado, é intenso, taninos muito redondos, frutado, herbal, muito sabor. Um ótimo vinho.

  Minha avaliação:

  AR 91

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 105,00

  No Chile U$ 17,00

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Montecastro y Llanahermosa 2004


Montecastro y Llanahermosa 2004, Ribera del Duero, Espanha

  A Vinícola Montecastro foi fundada em 2002, quando um grupo de investidores se uniu ao enólogo francês Bertrand Erhard para iniciar o projeto. Localizada na Província de Valladolid, na Denominação de Origem  Controlada - DOC Ribera del Duero, região conhecida por ser onde se produzem os melhores tempranillos espanhóis.

  O vinho possui mais de 90% de tempranillo e pequenas frações de cabernet sauvignon, merlot e garnacha. Estagiou cerca de 18 meses em carvalho francês, sendo 60% novos e 40% com 2 anos de uso.

  Degustado em 18/08/2016.

  Pela foto do rótulo  pode-se perceber sua idade avançada.  Foi produzido em 2004, estando agora com 12 anos de produção. Foi muita espera. O vinho está em uma clara curva descendente, passou um pouco do ponto, já apresentando certa oxidação. No entanto isto não quer dizer que estivesse ruim e demonstrou muitas qualidade. Aromas um pouco velhos de figos secos, aniz, cassis, mirtilos e grão de bico cozido. Na boca se sente a acidez em destaque, taninos muito macios, sabores de azeitonas negras e muito boa estrutura. Apesar da idade, agradou e demonstrou ser ótimo vinho, mas se tivesse sido aberto há uns quatro anos atrás, creio que estaria em seu auge e o prazer da degustação seria maximizado.

  Minha avaliação:

  AR 91

  Quanto custa:

  Outra safra no Brasil R$ 179,00

  Nos EUA U$ 25,00