terça-feira, 26 de abril de 2016

Porta Chardonay 2015



Porta Chardonay 2015, Vale Central, Chile

 A vinícola Porta foi uma das pioneiras no cultivo de uvas no Vale Bio Bio, onde tem sua sede, no sul do Chile, que tem muitas semelhanças em relação ao clima com a Nova Zelândia, com a qual divide a mesma latitude. Também produz vinhos no Vale Central, como é o caso deste chardonay, e  no Vale do Maipo.  A Porta foi adquirida em 2012 pelo conglomerado empresarial chileno Bethia e é administrada por sua holding vinícola, a Bethiawines, que está entre os 8 maiores produtores do país.

 Degustado em 26/04/2016.

 No nariz tem um delicioso aroma, com notas de cardamomo, abacaxi, laranja espremida e grama cortada. Na boca tem bastante frescor, pouco corpo, leveza, leve doçura, estimula a salivação, preenche a boca e limpa o paladar, mas não tem grande persistência, nem complexidade. Bem equilibrado, agradável e considero uma boa opção de chardonay, com favorável relação custo-benefício. Harmonização com peixe e frutos do mar, para destacar a suavidade no paladar e combinar seus belos aromas e sabores. Boa surpresa.

Minha avaliação:

AR 88

Quanto custa:

No Brasil R$ 48,00

Nos EUA U$ 9,00

domingo, 24 de abril de 2016

Gamela Reserva Malbec 2013

  

Gamela Reserva Malbec 2013, San Rafel, Mendoza, Argentina

  A família Lavaque, de origem libanesa, iniciou a trabalhar com a produção de vinhos em 1870. A Vinícola Lavaque foi criada em 1930 por Gilberto Lavaque nas terras de Cafayate, em San Rafael, parte sul de Mendoza, região onde seu avô tinha começado a trabalhar. O filho Rodolfo Lavaque iniciou o processo de modernização e de produção de vinhos de qualidade superior e tornou a vinícola bem respeitada na Argentina. Após seu falecimento em 2014, a vinícola é administrada pelo filho Francisco Lavaque e por seu sócio Freddy Mattei.

  Têm como filosofia atender a todos os tipos de público, desde os que demandam vinhos simples para o dia a dia, até os vinhos de alta gama. Produzem a linha Lavaque, a linha Gamela, além dos vinhos Quara.

  Degustado em 24/04/2016.

  Seus aromas destacam frutas vermelhas, baunilha, geléia de morango e notas sutis de chocolate, agradáveis e sem muita intensidade. Na boca peca um pouco pela falta de equilíbrio, com acidez excessiva, taninos meio desagradáveis, como um pouco verdes e álcool intenso, que não conversam muito bem entre si. Sente-se a presença da madeira com leve amargor. Média intensidade. Não acertaram muito neste rótulo, mas em compensação o preço é bem baixo e pode valer para o dia a dia, mas sem esperar muita coisa.

  Minha avaliação:

  AR 84

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 34,00

sábado, 16 de abril de 2016

Rosemount Estate Shiraz 2013


Rosemount Estate Shiraz 2013, Australia

  A Vinícola Rosemount, foi criada em 1974, localiza-se na parte sul da Austrália, próxima a Adelaide, nos arredores do famoso Vale McLaren e é conhecida por produzir vinhos com muito sabor, frescor, fáceis de beber e de consumo imediato.

  Este rótulo faz parte de sua linha Diamond Label, seu mais popular produto, com grandes volumes exportados. É seu "carro chefe". Produzido com 100% shiraz, estagia apenas 10% do volume por 3 meses em carvalho francês e americano.

  Degustado em 16/04/2016.

  No nariz o aroma é bastante agradável, com notas de ameixa e mirtilos doces e frescos. Na boca é bem encorpado, é bastante fresco, untuoso, picante, notas de pimenta do reino, noz moscada e frutas negras frescas. A madeira é quase imperceptível. A proposta da vinícola é alcançada ao produzir um vinho saboroso, sem grandes pretensões, sem muita complexidade e sem muitos taninos, de consumo fácil e com mais categoria e estrutura que um vinho simples, sendo bem gastronômico e interessante. Agrada.

  Minha avaliação:

  AR 87

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 75,00

  Nos EUA U$ 9,00
  
  

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Alto Los Romeros Pinot Grigio, 2015


Alto Los Romeros Pinot Grigio, 2015, Valle Central, Chile

  A Los Romeros faz parte da vinícola Luis Felipe Edwards, que desde 1976 produz vinhos no Valle Central chileno.

  Esta linha é a "classic" que faz parte do rol de vinhos jovens da produtora, com produtos voltados para o dia a dia.

  A uva pinot grigio é uma casta típica italiana, que têm por características uma cor amarelo bem clara, serem leves e refrescantes.

  Degustado em 13/04/2016.

 Este vinho tem uma composição aromática que lembra muito a sidra, com destaque para maçãs verdes e frutas cítricas, sem grande intensidade. Na boca tem acidez intensa, notas cítricas e certo amargor herbal, mas falta um pouco da refrescância típica desta uva. Tem corpo médio, mas o sabor é um pouquinho aguado. O verdadeiro destaque é o preço, que o faz ser interessante em função do custo benefício bem favorável.

  Minha avaliação:

  AR 85

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 27,00

domingo, 10 de abril de 2016

Santa Julia Malbec 2014


Santa Julia Malbec 2014, Mendoza, Argentina

  A Vinícola Santa Julia traz a filosofia de produzir vinhos utilizando as técnicas de cultivo sustentável e faz parte do complexo da tradicional Vinícola Família Zuccardi. 

  A Família Zuccardi, localizada no Vale do Maipu em Santa Rosa, Mendoza, Argentina, teve início em 1968 com o Engenheiro Alberto Zuccardi,  . Em 1980 o filho José Alberto introduz o conceito de produção de vinhos de qualidade e nasce a Santa Julia, em homenagem a sua filha. A partir dos anos 90 o já Diretor Executivo José Alberto inicia o projeto de produzir vinhos de alta gama, com o Zuccardi Q. Em 2001 foi uma das primeiras vinícolas argentinas a se estruturarem para a visitação. Tive o prazer de conhecê-la e a postagem pode ser conferida em Viagem Vinícola a Mendoza.

 Este vinho varietal foi produzido como vinho jovem, sem a presença de madeira, buscando destacar os aspectos frutados do malbec, sendo um vinho mais voltado para o dia a dia.

  Degustado em 10/04/2016.

  No nariz as frutas aparecem, principalmente cereja, morango e ameixas frescas e notas de açúcar mascavo. A intensidade aromática não é muito grande , mas não perde nada com o tempo de taça e ganha relativas nuances. Vinho de corpo médio, na boca destaca-se uma acidez mais acentuada, é curto de intensidade, mas agradável. Além das frutas aparece um toque herbal, levemente picante. Um vinho eclético que pode ir bem até com um franguinho na brasa ou carnes vermelhas leves, bem como queijos pouco gordurosos. Para um vinho do dia a dia e pelo custo baixo tem boas qualidades, mas não tem maiores pretensões.

  Minha avaliação:

  AR 86

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 39,00

  Nos EUA U$ 10,00

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Gran Vin Goulart Malbec, 2010



Gran Vin Goulart Malbec, 2010, Mendoza, Argentina

 A Vinícola Marshall foi fundada por Erika Goulart, uma paulistana que herdou  terras em Mendoza de seu avô, o Marechal Gastão Goulart, que havia se exilado na Argentina após a Revolução Constitucionalista de 1932.

  Consta que em 1995 a brasileira descobriu, revirando seus papéis, a escritura deixada pelo avô da propriedade em terras mendocinas, quando decidiu viajar ao país hermano, tomar posse da área e empreender em 1996 a produção de uvas no local. Mais tarde, em 2005, produziu suas primeiras garrafas.

  Hoje administra junto com seu marido a vinícola. É uma produtora respeitada, com vinhos considerados de qualidade e ostenta várias premiações relativas à sua produção.

  Este malbec estagia por 14 meses em barris de carvalho francês novos e é um dos destaques da vinícola.

  Degustado em 29/03/2016.

  Aromas de frutas vermelhas, como morangos frescos e frutas negras em compota, chocolate e violetas. Na boca tem boa intensidade, picante, bons taninos, encorpado, bom equilíbrio e um final de boca amadeirado com leve amargor. Agradou bastante.

  Minha avaliação:

  AR 91

  Quanto custa:

  Outra safra no Brasil R$ 170,00

  outra safra nos EUA U$ 49,00


domingo, 3 de abril de 2016

Ludovico, Orestiadi, 2009

  

Ludovico, Orestiadi, 2009, Sicília, Itália

  A vinícola italiana  Tenute Orestiadi localiza-se na comuna de Gibellina, parte Oeste da Ilha da Sicília, onde tradicionalmente se utiliza muito a uva Nero D'Ávola.

   A Fundação Orestiadi, responsável pela vinícola e por trabalhos culturais de valorização de artistas locais, foi criada pelo falecido senador italiano Ludovico Corrao, trabalha no sistema de cooperativa e tem a filosofia de conciliar a tradição e o destaque do terroir local com as técnicas modernas de produção.

  Este vinho foi produzido a partir da tradicional uva Nero D'Avola (90%) e de cabernet sauvignon (10%), estagiou 12 meses em carvalho francês e 6 a 8 meses em garrafa.

  Degustado em 29/03/2016.

  O aroma é bem interessante, destacando-se frutas vermelhas, especialmente morangos e algo que lembra a carne fresca (o que não é comum, mas não desagradou). Na boca tem boa persistência, taninos suaves, boa acidez, notas de chocolate, frutas vermelhas e queijo suave. É um vinho com personalidade e bem diferente. Certamente não agradará a todos, mas é uma boa experiência para sair do lugar comum. Harmoniza muito bem com carnes vermelhas grelhadas ou assadas, como o contra-filé ou a fraldinha.

  Minha avaliação:

  AR 89

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 160,00

  Nos EUA U$ 17,00

sábado, 2 de abril de 2016

Sotorrondero Jimenez Landi, 2012


Sotorrondero Jimenez Landi, 2012, Méntrida, Espanha

 A Vinícola espanhola Jimenez Landi, está localizada na Denominação de Origem (DO) Méntrida, que se localiza a Oeste de Madri e ao Norte de Toledo. Nesta região se produz vinhos há séculos e predomina o cultivo da uva garnacha. 

 A Jimenez Landi é uma empresa familiar que desde 2004 produz seus vinhos originados de seus próprios vinhedos, os quais são focados na garnacha e algumas outras variedades.

 Este vinho foi produzido com uvas orgânicas, sendo 90% garnacha e 10% shiraz e estagia por 10 meses em carvalho francês de diversos usos.

  Degustado em 29/03/2016.

  No nariz destacam-se frutas vermelhas e groselha e é seu ponto forte. Na boca mostra-se um vinho refrescante, ligeiro, aguado, com acidez acentuada e sem persistência alguma. Um vinho sem muitos predicados que não empolga, mas que pode ser apreciado quase como um vinho branco, em função da refrescância e acidez ou por iniciantes que busquem muito descompromisso.

 Realmente não entendo a boa pontuação que alguns críticos internacionais atribuiram a este exemplar, a menos que este lote comprado na Wine do Brasil, seja diferente do que se degusta lá fora. Mau custo-benefício.

  Minha avaliação:

  AR 86

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 116,00

 Nos EUA U$ 15,00

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Señorio del Tallar, 2012




Señorio del Tallar, 2012, Ribera del Duero, Espanha

  Produzido pela bodega La Milagrosa, em  Ribera del Duero, uma das regiões vinícolas  da Espanha de maior prestígio, onde a uva tempranillo encontrou excelentes condições de mostrar seu potencial, como neste rótulo o faz.

  A vinícola foi fundada em 1962, como cooperativa e com o crescimento da região hoje conta com mais de 200 associados. Teve uma grande reformulação em 1998 modernizando seus processos e produzindo vinhos de qualidade.

  Já degustei anteriormente este vinho na safra 2009.

  Degustado em 29/03/2016.

 Aroma a frutas negras, balsâmico e de boa intensidade. Na boca mostra ser macio, intenso, taninos perfeitamente domados, boa estrutura, aveludado, notas de frutas negras e violetas. No final de boca apresenta sabor de madeira residual e leve amargor. Um vinho muito agradável.

  Minha avaliação:

  AR 91

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 92,00

  Nos EUA U$ 20,00