quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

120 Cabernet Sauvignon Santa Rita, 2015


120 Cabernet Sauvignon Santa Rita, 2015, Vale Central, Chile, 

  A Vinícola Santa Rita é uma tradicional produtora chilena fundada em 1880, passou por várias transformações e hoje é empresa de capital aberto, com escritórios que a representa em todo o mundo. Ano a ano vem rompendo fronteiras e expandindo suas capacidades, tendo seus produtos vendidos em 75 países. Sua produção recebeu em 2004 a certificação de qualidade ISO 9001.

  A linha 120 é uma das mais antigas da vinícola e homenageia um grupo de personagens da história da independência chilena. São vinhos bem acessíveis, mais voltados ao dia a dia e estão a cargo do enólogo Carlos Gatica.

  Este rótulo estagiou 20% de seu conteúdo em barris de carvalho francês por 8 meses.

  Degustado em 21/02/2017.

 O aroma é muito interessante e surpreendentemente complexo, onde se destacam as frutas vermelhas, como ameixas em compota e frutas negras, como amoras, também se notam ervas secas como orégano e tomilho, cravo da índia e baunilha, com boa intensidade. Na boca tem taninos suaves e discretos, médio corpo, boa acidez, sabor frutado, bom frescor, macio e persistência média. Um vinho que pode ser apreciado com carnes vermelhas pouco gordurosas, hambúrgueres e queijos curados. Agradável, aromático e fácil de tomar, unindo certa leveza, com um bom sabor e um custo benefício bem favorável. Embora o preço no Brasil seja o dobro, ou mais, que o praticado no exterior, onde realmente é muito barato, ainda sim é bem acessível por aqui.

Minha avaliação:

AR 87

Quanto custa:

No Brasil R$ 35,00

Nos EUA U$ 6,00

No Chile R$ 15,00

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Pueblo del Sol Reserva Viognier, 2015



Pueblo del Sol Reserva Viognier, 2015, Canelones, Uruguai

  A Vinícola Pueblo del Sol desde 1979 pertence a família Deicas, que é uma das mais respeitadas na produção de vinhos de qualidade no Uruguai. Atualmente está sob o comando de Santiago Deicas, que pertence à terceira geração de produtores da vinícola.

  A uva Viognier normalmente é utilizada para dar força aromática a outros vinhos, principalmente o Shiraz, mas neste exemplar ela faz "vôo solo" e mostra boas qualidades e um potencial gastronômico bem interessante. Neste exemplar, 40% do vinho estagiou em barris de carvalho francês de primeiro uso por 3 meses.

 Degustado em 18/01/2017.

 Aroma bem interessante e diferente, com notas de damasco, pera e flores brancas de média intensidade. Na boca tem muita intensidade e potência de sabor, apresenta bastante volume e corpo, enche a boca, estimula a salivação, tem acidez firme, leve doçura, bem equilibrado, fresco, frutado, sutil amargor no final de boca, boa persistência. Um vinho que vale a pena conhecer e que, a meu ver, seria bem harmonizado com peru assado com frutas, salmão, comida chinesa e molhos agridoces.

 Minha avaliação:

 AR 89

 Quanto custa:

 No Brasil R$ 64,00


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Pulenta Estate Gran Cabernet Franc XI, 2011


Pulenta Estate  Gran Cabernet Franc XI, 2011, Lujan de Cuyo, Mendoza, Argentina


  Em 1902, o italiano Angelo Pulenta chegou à Argentina e anos depois iniciou o plantio das primeiras uvas. Nascia a Trapiche, que é hoje uma das maiores vinícolas do mundo. Em 1997 Antonio Pulenta, da terceira geração da família, vende a maioria das ações da gigante vinícola, quando os filhos Eduardo ( licenciado em enologia) e Hugo, resolvem criar a própria vinícola. Em 2002 criam a Pulenta Estate, em Lujan de Cuyo, em Mendoza. A filosofia é produzir uma série limitada de grandes vinhos.

  Tive o prazer de visitar este produtor em 2014, o que pode ser conferido em: Viagem - Enoturismo em Mendoza.

  A elaboração dos vinhos com a uva cabernet franc, que até há pouco tempo, eram raros de se encontrar, está em forte crescimento entre os produtores argentinos, tornando-se cada vez mais frequentes os lançamentos de ótimos rótulos desta uva, da qual eu me tornei fã. Este rótulo da Pulenta Estate estagiou por 18 meses em barris de carvalho francês novos e está catalogado pela vinícola como um de seus principais vinhos.


  Degustado em 11/02/2017.

  O aroma é muito agradável  de pimentões vermelhos na brasa, com notas florais de alfazemas, cerejas negras maduras, balsâmico e café, com média intensidade. Na boca ele encanta, com uma maciez, um equilíbrio e um sabor excepcionais. Um vinho envolvente, divertido, com uma acidez muito especial, grande persistência, intenso, volumoso, encorpado, levemente adocicado e taninos extremamente macios.

 Um vinho que consegue ter muitas virtudes técnicas, sendo ao mesmo tempo bem descontraído, o que certamente agradará muito, tanto a iniciados, quanto a experientes degustadores. Esclarecendo que isto nem sempre ocorre, pois já foram várias as experiências em se reconhecer um grande vinho na análise técnica, super pontuado, mas que pode ser demasiado austero, ou, às vezes, nem tão agradável e prazeroso quanto poderia, mesmo sendo um grande vinho e por mais paradoxal que pareça, isto ocorre bastante. Seria mais ou menos como obras de arte em que se reconheça a genialidade do artista no resultado apresentado, porém, você não colocaria na parede de sua casa. Este é um  vinho que, metaforicamente, você coloca na parede da sala de entrada da casa.

  Vinho que impressiona muito, com uma pegada forte, virtuoso e ao mesmo tempo muito saboroso, gostoso mesmo, e harmonizado com uma ótima picanha, então fica soberbo. Um vinho para te deixar feliz. Muito especial.

  Minha avaliação:

  AR 95


  Quanto custa:

  No Brasil R$ 242,00

  Nos EUA U$ 43,00

  Na Argentina U$ 36,00