segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Pulenta Estate Gran Cabernet Franc XI, 2011


Pulenta Estate  Gran Cabernet Franc XI, 2011, Lujan de Cuyo, Mendoza, Argentina


  Em 1902, o italiano Angelo Pulenta chegou à Argentina e anos depois iniciou o plantio das primeiras uvas. Nascia a Trapiche, que é hoje uma das maiores vinícolas do mundo. Em 1997 Antonio Pulenta, da terceira geração da família, vende a maioria das ações da gigante vinícola, quando os filhos Eduardo ( licenciado em enologia) e Hugo, resolvem criar a própria vinícola. Em 2002 criam a Pulenta Estate, em Lujan de Cuyo, em Mendoza. A filosofia é produzir uma série limitada de grandes vinhos.

  Tive o prazer de visitar este produtor em 2014, o que pode ser conferido em: Viagem - Enoturismo em Mendoza.

  A elaboração dos vinhos com a uva cabernet franc, que até há pouco tempo, eram raros de se encontrar, está em forte crescimento entre os produtores argentinos, tornando-se cada vez mais frequentes os lançamentos de ótimos rótulos desta uva, da qual eu me tornei fã. Este rótulo da Pulenta Estate estagiou por 18 meses em barris de carvalho francês novos e está catalogado pela vinícola como um de seus principais vinhos.


  Degustado em 11/02/2017.

  O aroma é muito agradável  de pimentões vermelhos na brasa, com notas florais de alfazemas, cerejas negras maduras, balsâmico e café, com média intensidade. Na boca ele encanta, com uma maciez, um equilíbrio e um sabor excepcionais. Um vinho envolvente, divertido, com uma acidez muito especial, grande persistência, intenso, volumoso, encorpado, levemente adocicado e taninos extremamente macios.

 Um vinho que consegue ter muitas virtudes técnicas, sendo ao mesmo tempo bem descontraído, o que certamente agradará muito, tanto a iniciados, quanto a experientes degustadores. Esclarecendo que isto nem sempre ocorre, pois já foram várias as experiências em se reconhecer um grande vinho na análise técnica, super pontuado, mas que pode ser demasiado austero, ou, às vezes, nem tão agradável e prazeroso quanto poderia, mesmo sendo um grande vinho e por mais paradoxal que pareça, isto ocorre bastante. Seria mais ou menos como obras de arte em que se reconheça a genialidade do artista no resultado apresentado, porém, você não colocaria na parede de sua casa. Este é um  vinho que, metaforicamente, você coloca na parede da sala de entrada da casa.

  Vinho que impressiona muito, com uma pegada forte, virtuoso e ao mesmo tempo muito saboroso, gostoso mesmo, e harmonizado com uma ótima picanha, então fica soberbo. Um vinho para te deixar feliz. Muito especial.

  Minha avaliação:

  AR 95


  Quanto custa:

  No Brasil R$ 242,00

  Nos EUA U$ 43,00

  Na Argentina U$ 36,00

  
  

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