domingo, 22 de janeiro de 2017

Barone Montalto Nero D'avola 2015




Barone Montalto Nero D'Avola 2015, Sicília, Itália

 A Vinícola Barone Montalto foi criada no ano 2.000 na Sicília, na província de Trapani, cidade de Santa Ninfa, com uma proposta moderna, mas que não esquece a vasta tradição local. Atualmente é administrada por Marco Martini.

 O rótulo degustado faz parte do grupo de vinhos de entrada da vinícola, chamado Acquerello, mais voltados para o dia a dia, vinhos jovens e sem estágio em madeira. Produzido 100% com a uva que é um verdadeiro símbolo siciliano, a Nero D'Avola.

 Degustado em 10/01/2017.

 Aromas de média intensidade com notas de frutas vermelhas,  principalmente morangos e cerejas muito maduros e em compota e notas de chocolate, café e tomilho, muito agradáveis. Na boca mostra ser um vinho jovem fresco, frutado e levemente herbal. Vinho de pouco corpo e média intensidade. Taninos muito sutis e macios. Desce macio e é muito fácil de beber, o que seguramente agradará à grande maioria, inclusive aos provadores eventuais.  Vinho de pegada bem leve e muito versátil. Vinho para o dia a dia que combina perfeitamente com massas e molho de tomate com carnes vermelhas ou até mesmo brancas. Lembra as características de um chianti jovem.

 Minha avaliação :

 AR 87

 Quanto custa:

 No Brasil R$ 63,00

 Na Itália € 6,00

domingo, 15 de janeiro de 2017

Maycas Limari Reserva Pinot Noir, 2015


 Maycas del Limari Reserva Pinot Noir, 2015, Vale do Limari, Chile

 A Vinícola Maycas del Limari nasceu em 2005 e o projeto tem a consultoria da Vinícola Concha y Toro. Ela se propõe a fazer vinhos de qualidade no Vale do Limari e se especializou nas uvas clássicas da Borgonha, a pinot noir e a chardonay. Os enólogos Marcelo Papa e Javier Villarroel, têm a experiência na produção de alguns famosos rótulos da Concha y Toro e são os responsáveis pelos rótulos produzidos pela Maycas del Limari.

 O vinho estagiou 8 meses em carvalho francês e é 100% pinot noir

 Degustado em 15/01/2017.

 Os aromas são de média intensidade e agradam, destacando morangos e framboesas doces, cereja e chocolate. Na boca é bem frutado, fresco, bem equilibrado, com taninos suaves e agradáveis, pouco corpo, boa intensidade, uma boa pegada e tem elegância, média persistência, ótimo acompanhamento para uma carne vermelha sem muita gordura, como filé mignon. É um bom pinot noir, meio descompromissado, mas com força para impressionar bem e não passar desapercebido. Mas poderia custar um pouco menos no nosso mercado local.

 Minha avaliação:

 AR 89

 Quanto custa:

  No Brasil R$ 72,00

  No Chile U$ 9,00

Las Torres Gewustraminer Reserva, 2015


Las Torres Gewüstraminer Reserva, 2015, Vale do Curicó, Chile



 A Miguel Torres foi fundada no Chile pela famíla Torres em 1979, cujo grupo familiar há mais de 1 século produz vinhos na Espanha e também está presente nos EUA na Califórnia.

  Este rótulo traz 100% da uva Gewustraminer que é pouco frequente aqui no Brasil e é produzida predominantemente na Alemanha e na Alsácia Francesa e que eu, particularmente, gosto muito.

 Degustado em 14/01/2017.

 No nariz agrada muito, apresenta aromas de folhas de frutas cítricas como laranja, limão e lima, notas de lichia e maçã, flores e algo marinho, com bastante frescor e boa intensidade. Na boca também tem muito frescor, intensa acidez, muita fruta, principalmente limão siciliano e traz um leve toque salgadinho, estimula muito a salivação, pedindo o próximo gole. A intensidade é média e tem equilíbrio bem satisfatório. Logo que aberto, mostra um amargor um pouco excessivo, mas que desaparece ao longo do tempo em taça, por isso, recomendo decantar. Um vinho bem interessante, com preço justo, que vale conhecer.

 Minha avaliação:

 AR 89

 Quanto custa:

 No Brasil R$ 65,00

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Domaine Galaman 2013


Domaine Galaman 2013, Languedoc Roussilon, Fitou, França

 Produzido pela Chateau de Negly de Jean Pax-Rosset, sob a consultoria de Claude Gros.

 A região de Fitou é uma das mais antigas produtoras de vinho do Languedoc Roussilon, com registros do início de produção realizada pelos gregos, depois os romanos melhoraram a vinificação e sempre foram vinhos bem considerados na Europa. Foi a primeira da região a receber o AOC (Área de Origem Controlada) em 1948. Possui um "terroir" considerado excelente e está proximo ao Mar Mediterrâneo, no Sul da França.

 Elaborado com 50% carignan, 30% grenache e 20% shiraz, com estágio de 6 meses em carvalho francês, é um dos vinhos de entrada da vinícola.

  Degustado em 02/01/2017.

 Os aromas são bem fora do comum, que lembram a frutas negras, especiarias, defumado, cebola desidratada, alcaçuz, fermento e carne crua, e curiosamente esta mistura pouco provável o deixa bem interessante. No paladar não tem a mesma complexidade dos aromas, tem acidez bem equilibrada, concentrado, poucos taninos, muita fruta, persistência razoável, médio corpo e média intensidade. É um vinho jovem, mas com potencial de guarda, que agrada bastante, voltando a mostrar que o Languedoc Roussilon é hoje uma das regiões francesas atuais mais interessantes, com vinhos bem variados, inovadores e de qualidade, porém com preços pagáveis. Eu vejo uma harmonização interessante com rosbife, steak tartar, ou pratos árabes com carne. 

 Não é um vinho excepcional, mas vale conhecer principalmente pela força e pela variedade aromática, já no paladar é mais comum, mas agrada, além de ter um custo razoável. Na minha avaliação técnica não se destaca com uma pontuação maior, mas o vinho não é só isso, ele tem personalidade e inova, o que considero uma grande virtude.

 Minha avaliação:

 AR 89

 Quanto custa:

 No Brasil R$ 77,00

 Nos EUA U$ 14,00

 Na França  € 6,50 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Crios Malbec 2014

  

Crios Malbec 2014, Mendoza, Lujan de Cuyo, Argentina

 A enóloga Susana Balbo é uma das mulheres mais respeitadas no mundo do vinho. Com mais de 30 anos de experiência foi a primeira argentina reconhecida na função e se estabeleceu como referência no setor. Em 1999 fundou a Susana Balbo Wines em Lujan de Cuyo, Mendoza, e iniciou seu negócio próprio, que acabou por tornar-se uma das melhores vinícolas argentinas. Hoje, além de Susana, que é a presidente da empresa, seu filho José, também enólogo e sua filha Ana, administradora, também compõem o quadro da vinícola.

  O Crios é a linha de entrada, a mais simples, da vinícola, com a proposta de produzir vinhos jovens, frutados e equilibrados.

 Degustado em 02/01/2017.

 No nariz é bem intrigante com destaque para os aromas de frutas maduras, como cerejas pretas, groselha e mirtilo, notas de figo seco e violetas. No paladar traz uma boa profusão de sabores, frutados, notas vegetais e de pimenta do reino. Tem boa intensidade, bastante concentração, taninos suaves, acidez em boa medida, equilibrado, persistência média, bem encorpado, estimula bem a salivação e traz uma boa profusão de sabores. Muito gastronômico, com ótima combinação para carnes vermelhas em geral sem muita gordura.

  Eu já havia provado o Crios 2010 e este aqui está bem superior, percebe-se que houve um ganho inegável de qualidade.

 Ótimo custo-benefício.

  Minha avaliação:

  AR 89

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 55,00

  Nos EUA U$ 10,00