sábado, 30 de julho de 2016

Gran Toqui Cabernet Sauvignon 2011

   

Gran Toqui Cabernet Sauvignon 2011, Vale Cachapoal, Chile

  A Casas del Toqui foi fundada em 1994 e busca a produção de vinhos de qualidade e abrir mercados internacionais, utilizando tecnologias avançadas e levando em conta os aspectos sustentáveis e de respeito ao meio ambiente e está em vias de certificação internacional.

  A Linha Gran Toqui é intermediária e provém de vinhas do Vale de Cachapoal, a cerca de 100 km ao Sul de Santiago e está a cargo do enólogo Alfonso Duarte Piña.  90 % do vinho estagiou por 12 meses em carvalho francês e americano.

  O aroma é intenso e muito agradável. Notas de cereja, amoras, chocolate e café. Na boca é forte, encorpado, possui taninos nervosos que não amaciaram muito, caudaloso, intenso, um pouco picante, certo amargor de madeira, boa estrutura, média persistência. Convida à harmonização com carnes vermelhas gordurosas grelhadas ou cozidas. Agrada, principalmente para aqueles que buscam vinhos mais potentes.

  Minha avaliação:

  AR 89

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 99,00

  No Chile R$ 59,00


sexta-feira, 29 de julho de 2016

Amarone del Valpolicella Classico Monte Faustino, 2009

Amarone del Valpolicella Classico Monte Faustino, 2009, Valpolicella, Itália

 Proveniente da clássica região de Valpolicella, em Verona no Norte da Itália, onde o Amarone é a principal expressão de qualidade da região. Este rótulo é produzido pela família Fornaser, que cultiva as uvas no distrito de San Pietro em Cariano, nos vinhedos Monte Faustino.

 O processo utilizado para se produzir os Amarones,  passa pela secagem das uvas, sob temperatura e umidade controlados, por 4 meses, no processo de appassimento, que antecede a fermentação, o que concentra mais seu açúcar natural, em um método único, que gera vinhos muito particulares.

  Hoje a vinícola tem tecnologia avançada e busca conciliar a tradição com os novos conhecimentos de produção.

  No nariz o vinho chama a atenção, com destaque para amêndoas, baunilha, chocolate e madeira velha e úmida, com boa intensidade; com o tempo surgiram notas de queijo parmesão. Na boca é levemente picante, tem sabor muito intenso, persistente, macio, taninos firmes. Um vinho que te remete ao passado, me fez visualizar velhas cantinas mofadas, escuras, tradicionais, com queijos pendurados e garrafas com teias de aranha nas antigas prateleiras (tudo no bom sentido). Um vinho para apreciar com concentração e notar suas particularidades.

   Minha avaliação:

  AR 94

 Quanto custa:

 No Brasil R$ 535,00

 Nos EUA U$ 47,00

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Primitivo di Manduria Similaun Capuzzimati 2013


Primitivo di Manduria Similaun Capuzzimati 2013, Puglia, Itália

  A vinícola foi fundada em 1952 por Cataldo Capuzzimati e hoje é administrada por seus filhos e se localiza na região de Puglia, Sul da Itália, no "calcanhar da bota". Este rótulo é produzido na região da Manduria, com a DOC (denominação de origem) Primitivo di Manduria.

  A uva utilizada á a Primitivo, que é similar à Zinfandel, muito utilizada nos EUA. 

  Vinho produzido a partir de uvas velhas de 35 a 45 anos.

  No nariz fascina com seus aromas frutados e florais, como groselha doce, violeta e alfazema. Na boca é intenso, forte, macio, equilibrado, possui boa acidez, notas de frutas vermelhas e nozes, taninos precisos e domados, muito elegante e complexo. Excelente vinho, realmente empolga.

   Minha avaliação:

  AR 93

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 115,00
  

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Savuto Odoardi 2013


Savuto Odoardi 2013, Calabria, Itália

  A família Odoardi, possui raízes alemãs e tem longa tradição na região e a última geração está representada na Vinícola por Gregorio Odoardi e sua esposa Barbara.

  Produzido na região da Calabria no Vale de Savuto, ao extremo Sul da Itália, às margens do Rio Savuto, próximo ao Mar Tirreno, "na ponta da bota", região de topografia acidentada, que não é tão famosa, mas possui vinhos de qualidade e tem tradição que remonta à Grécia Antiga, inclusive há indícios que algumas cepas da região têm origem grega.

  As uvas utilizadas são pouco utilizadas fora da região, sendo 45% gaglioppo, 20% magliocco canino, 5% greco nero e 5% nerello capuccio e não estagia em carvalho, apenas 4 meses em cubas de aço inox.

  O aroma é bem interessante, de média intensidade, mesclando balsâmico, cravo da índia, baunilha e fruta doce madura, como sapoti, macaúba, ou lúcuma. Muito bem equilibrado com taninos muito macios, muito sabor, bastante corpo, intenso. Ótimo e surpreendente vinho desta região pouco conhecida.

  Minha avaliação:

  AR 91

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 130,00

  Nos EUA U$ 13,00
  

sábado, 23 de julho de 2016

Le Bertille L'Attesa, 2008


Le Bertille L'Attesa, 2008, Toscana, Itália

  Este exemplar faz parte dos vinhos conhecidos como "Super Toscanos", que são os vinhos  que não seguem as normas de produção clássicas italianas e não utilizam o DOC (Denominação de Origem Controlada) local, como por exemplo, descartam a regra de utilização obrigatória e exclusiva das uvas autóctonas e típicas, sendo mais livres para a escolha das uvas e do seu manuseio. Normalmente mesclam uvas italianas com uvas francesas e pela qualidade normalmente apresentada, criou uma legião de admiradores nos últimos anos, revolucionando e impulsionando a produção local.

  A Vinícola é a familiar Le Bertille, que é administrada por Olimpia Roberti e se localiza no coração da região de Montepulciano, onde se produzem os clássicos Chianti. Aqui foram usadas a Sangiovese 65%, a Merlot 20%, a Colorino 10% e a Ciliegiolo 5% e o vinho estagiou por 12 meses em carvalho francês.

  Aroma bem agradável balsâmico, um pouco ácido, frutas vermelhas, groselha e baunilha. Na boca o sabor é levemente picante, harmonioso com os aromas, elegante, médio corpo, com acidez destacada, notas de chocolate e um certo amargor herbal. Realmente se parece muito com um Chianti Clássico, mas a presença do merlot fez muito bem a este vinho, fornecendo uma força aromática difícil de verificar nos Chiantis tradicionais. Para mim, a decisão de incluir a cepa francesa foi muito feliz e valorizou bastante o vinho. Bom vinho que combinaria muito bem com massas em molho de tomates frescos e carne.

   Minha avaliação:

  AR 90

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 154,00

  Na Itália $ 12,00
  

domingo, 17 de julho de 2016

Baron Philippe de Rothschild Sauvignon Blanc Reserva, 2014


Baron Philippe de Rothschild Sauvignon Blanc Reserva, 2014, Vale do Maipo, Chile

  A Baron Philippe de Rothschild chegou ao Chile no Vale do Maipo em 2003. Esta icônica vinícola francesa de Bordeaux de 1853 tem muita história, dona de alguns  rótulos que são verdadeiros clássicos como o famoso Chateau Mouton Rothschild. Também produz em associação com outras vinícolas grandes vinhos como o Opus One, com Robert Mondavi na Califórnia e o Almaviva com a Concha y Toro no Chile.

   Nesta linha de vinhos produzidos no Chile, que seguem sob a supervisão da terceira geração da família, a proposta é produzir vinhos mais acessíveis, com boa qualidade e que explore bem o terroir do Vale do Maipo chileno.

  Degustado em 17/07/2016.

  É um vinho muito agradável e com bastante frescor. No nariz percebem-se aromas de pouca intensidade de frutas cítricas com destaque para lima da pérsia, notas vegetais como grama cortada e um pouco de amanteigado, que conforme passa o tempo tende a desaparecer. Na boca tem boa acidez, sem predominar muito. Frutado e herbal, bastante equilibrado, média persistência, fácil de tomar. Deve agradar à maioria e combina muito com o calor, bem como para acompanhar peixes e frutos do mar com molhos cítricos, suaves e saladas. No entanto não se deve esperar um grande vinho, mas um vinho descompromissado. É um sauvignon blanc saboroso e que não demonstra aquele aroma tão marcante de maracujá que é tão comum nos chilenos, mostrando personalidade própria. Agrada sem empolgar.

  Minha avaliação:

  AR 87

  Quanto custa:

  No Brasil R$60,00

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Tarima Orgânico 2012


Tarima Orgânico 2012, Alicante, Espanha

  Produzido pela Vinícola Volver, que foi criada em 2004 pela dupla de enólogos Jorge Ordoñez e Rafael Cañizares, que nos anos 90 foram uns dos responsáveis pelo "boom" dos vinhos espanhóis, ao abrir o mercado internacional, principalmente nos Estados Unidos, referenciado pelo reconhecimento de qualidade dos críticos locais, encabeçado por Robert Parker.

  A vinícola se especializou em produzir rótulos provenientes de uvas autóctonas espanholas extraídas de vinhas velhas, buscando obter o máximo da qualidade dos frutos destacando o terroir local, mas com a dinâmica da exigência do mercado atual.

  Este rótulo degustado foi produzido na região de D.O.( Denominação de Origem) Alicante, próximo à cidade de Salinas e de Pinoso, onde se produz vinhos desde a Época do Império Romano, em solo muito árido, dada a forte excassez de chuvas. Esta zona de cultivo possui um verão muito quente (excedendo os 40ºC) e um inverno muito frio (com mínimas beirando os 7ºC) e chega a nevar nas montanhas mais altas próximas à esta região.

 A uva é a Monastrel, que se adapta como poucas ao clima extremo e seco. A produção seguiu a técnica orgânica. Não passa por carvalho. Já tive a oportunidade de provar há alguns anos o top da linha, o Tarima Hill e fiquei encantado com a qualidade.

  Degustado em 10/07/2016.

  O vinho possui um belo rubi intenso e impressiona muito bem nos instigantes aromas com destaque para framboesas, mirtilos e cerejas, notas florais, queijo adocicado (ou doce de queijo) e um sutil defumado. Na boca a acidez predomina no paladar (o que é característico de um monastrel), com taninos mais verdes, provavelmente do engaço e da casca, já que não passou por madeira e o álcool está em boa medida. A forte acidez esconde um pouco os sabores frutados que se destacam no nariz. Média intensidade. É um vinho bem gastronômico que combina com carnes vermelhas menos gordurosas, conjugadas com sabores mais intensos e de certa acidez, como  molho de gorgonzola, de tomates frescos ou com alho tostado. Os pontos fortes do vinho são seus aromas e a  boa personalidade.

 Minha avaliação:

  AR 89

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 90,00

  Nos EUA U$ 11,00

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Lima Meyer, 2008


Lima Meyer, 2008, Alentejo, Portugal

  A Lima Meyer é uma empresa familiar dirigida e concebida por seu gerente Thomas de Lima Meyer e sua esposa, que funciona nas terras da própria família desde o ano 2000. O enólogo Rui Reguinga trabalha na parte técnica dos vinhos. Localiza-se na Quinta de São Sebastião, em Monforte na região do Alto Alentejo. Utiliza normalmente uvas francesas e ibéricas para a produção de seus rótulos.

  Este rótulo foi produzido a partir das uvas shiraz, aragonês e alicante bouschet e estagiou por 12 meses em barris de carvalho francês e 6 meses na garrafa antes da comercialização.

  Degustado em 09/06/2016.

  Possui aromas sutis e bem agradáveis a balsâmico, frutas negras e baunilha. Na boca percebem-se taninos discretos, o álcool predomina, denota um leve amargor, madeira suave e dá a sensação que falta um pouco mais. É um vinho bom para tomar, mas bem simples.

   Minha avaliação:

  AR 87

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 105,00

  Em Portugal R$ 43,00

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Cabreo Il Borgo Folonari 2011


Cabreo Il Borgo Folonari 2011, Toscana, Itália

 Este exemplar faz parte dos vinhos conhecidos como "Super Toscanos", que são os vinhos de alta gama da região, que não seguem as normas de produção clássicas italianas e não utilizam o DOC (Denominação de Origem Controlada) local, como por exemplo, descartam a regra de utilização obrigatória e exclusiva das uvas autóctonas e típicas, sendo mais livres para a escolha das uvas e do seu manuseio. Normalmente mesclam uvas italianas com uvas francesas e pela qualidade normalmente apresentada, criou uma legião de admiradores nos últimos anos, revolucionando e impulsionando a produção local.

  A família Folonari é muito tradicional, cultiva uvas e produz vinhos, desde o final do século XVIII. Hoje o responsável pela produção é o representante da oitava geração, o engenheiro Giovanni Folonari, que trabalhou  com Robert Mondavi em 1989 na Califórnia e o famoso produtor de Chiantis, Ruffino, de 1991 a 2000, quando organizou seu próprio empreendimento com seu pai Ambrogio Folonari, um prestigiado enólogo, aí nasceu a Ambrogio e Giovanni Folonari Tenute, que começou a executar  pequenas produções de vinhos de alta gama na Toscana.

  Hoje a linha Cabreo produz 2 vinhos, o que degustamos, um sangiovese com cabernet sauvignon e outro branco, elaborado com chardonay. As uvas tintas são plantadas no vilarejo de Greve, na região dos Chiantis Clássicos, na propriedade denominada Fattoria di Zano, as uvas chardonays, mais ao sul de Greve na propriedade Casa di Sala.

  Este vinho estagiou 16 meses em carvalho franceses e 6 meses em garrafa. Foi produzido com 70 % sangiovese e 30% cabernet sauvignon.

  Degustado em 09/06/2016.

  Na degustação o vinho mostra muitas qualidades, é introspectivo, noturno, induz àquela sensação de seriedade e de concentração, o que favorece a percepção das sutilezas que ele apresenta. O aroma é fascinante, com destaque para as frutas negras, como amoras e mirtilos, e figos secos, embora não demonstre grande persistência. No paladar mostra coerência com os aromas, é frutado, possui taninos marcantes, boa acidez e equilíbrio correto. Forte personalidade, final marcante, com a sutileza da madeira e dos taninos domados e um retrogosto que faz lembrar a azeitonas verdes. Vinho especial e marcante.

  Minha avaliação:

  AR 92

  Quanto custa:

  No Brasil R$ 350,00

  Nos EUA U$ 27,00